Um juiz zimbabweano recusou hoje (quarta-feira) a libertação sob caução de quatro colaboradores do Primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai e do seu advogado, detidos domingo no dia seguinte a um importante referendo constitucional.
O juiz Marehwanazvo Gofa estimou que os quatro colaboradores do Primeiro-ministro não podem ser libertados devido as acusações que recaem sobre eles,
nomeadamente violação de segredos de Estado.
A advogada Beatrice Mtetwa que os representava foi igualmente detida domingo. É acusada de ter injuriado os investigadores que pesquisavam um gabinete contendo
papéis do Primeiro-ministro, principal opositor ao presidente Rober Mugabe.
Um anterior julgamento tinha ordenado a sua libertação domingo à tarde, mais foi ignorado pela polícia.
No quadro de uma outra questão, um responsável do partido de Morgan Tsvangirai havia sido detido sábado. Foi acusado hoje (quarta-feira) de tentativa de morte, por
ter, segundo o Tribunal, atacado a residência de um responsável do partido do presidente Robert Mugabe, a Zanu-PF, com uma bomba incendiária.
Essas detenções crisparam um pouco mais as relações entre o presidente Robert Mugabe - no poder há 33 anos - e o seu principal adversário, o Primeiro-ministro,
Morgan Tsvangirai com o qual coabita dificilmente há quatro anos.
Elas aconteceram quando o Zimbabwe aprovou sábado por 94,5% dos sufrágios expressos uma nova Constituição mais liberal, visando permitir eleições livres que
devem se realizar teoricamente em Julho para separar os dois campos.
Os incidentes multiplicaram-se essas últimas semanas, visando os membros da oposição a Mugabe e militantes dos direitos cívicos.
Fonte: Angolapress – 20.03.2013
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