A comissão da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Actividades Económicas e Serviços da Assembleia mostrou estar totalmente indiferente ao suposto envolvimento do ministro da Agricultura, José Pacheco, e do seu antecessor, Tomás Mandlate, no contrabando de madeira, caso revelado recentemente em relatório de uma agência não-governamental do Reino Unido ligada à investigação ambiental.
A aparente indiferença da comissão que lida com agricultura na Assembleia da República foi notória na manhã de ontem, em Nampula, quando Casimiro Uate, deputado da Assembleia da República - que falava na qualidade de porta-voz dos membros daquela comissão, que desde ontem trabalham naquela província - disse: “Ouvimos isso pela imprensa, ainda não chegou nenhuma informação a esta comissão, e não viemos tratar disso aqui em Nampula”.
Uate respondia assim a uma questão colocada pela nossa reportagem sobre o posicionamento da comissão em relação à denúncia da agência de investigação ambiental britânica.
Face à insistência da nossa reportagem, Uate referiu que “O país tem estruturas competentes, que estão atentas ao assunto” tendo acrescentado que a sua comissão, ao referir-se sobre esta questão, estaria fora da agenda da sua missão de trabalho em Nampula. Uate aproveitou a ocasião para apelar à imprensa que se pretende patriota a entender que as citações em relatórios internacionais geram percepções que valem o que valem, enquanto em muitos casos a realidade é outra.
Recorde-se que o relatório que implica José Pacheco e Tomás Mandlate no contrabando de madeira refere que estas figuras agem como facilitadoras de chineses na exploração ilegal de madeira, em troca de elevadas somas de dinheiro.
Fonte: O País online - 11.03.2013
1 comentário:
Quem toca em Pacheco?
Zicomo
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