Vicente Ramaya foi libertado ontem, dois dias depois de ter sido reconduzido à cadeia, num novo processo ligado ao negócio de venda ilícita de imóveis por alegada falta de provas do seu envolvimento no caso.
Ramaya, um dos condenados pelo envolvimento na morte de Carlos Cardoso, foi restituído à liberdade em regime condicional há cerca de dois meses, depois de cumprir metade da pena de 24 anos.
Porque não foram encontradas provas suficientes do seu envolvimento no referido negócio ilícito de imóveis, o tribunal judicial da cidade de Maputo ordenou ontem a sua soltura sem aplicar qualquer medida de caução, o que quer dizer que ele está livre deste processo de que era associado.
Não foram avançados muitos detalhes sobre a natureza do negócio em causa, mas segundo a decisão do tribunal, não há matéria suficiente para incriminá-lo. O seu nome apenas foi citado por algumas pessoas constituídas arguidas neste processo, facto que levou a Procuradoria da Cidade a ordenar a sua detenção sem juntar elementos de prova.
Abdul Gani, advogado de Vicente Ramaya, disse à Imprensa que as pessoas só quiseram envolvê-lo no suposto caso por má fé, visto que nunca apresentaram nada que o ligasse ao mesmo.
“Para ver que ele está limpo, não foi arbitrada nenhuma medida de caução, o que demonstra que Ramaya está limpo neste alegado caso de venda ilícita de imóveis. Essa é uma atitude de má fé. Peço a todos, sobretudo algumas instituições de Justiça, como a PGR, que deixem de persegui-lo e insinuar crimes que ele não cometeu. Já chega de perseguição”, afirmou Gani.
Preso e conduzido à Cadeia Civil na terça-feira à tarde, Ramaya só foi interrogado ontem pelo tribunal, uma vez que na quarta-feira ficou adiada a audição devido a um alegado problema de saúde do suspeito neste caso de venda ilícita de imóveis.
Ramaya queixava-se de fortes dores ao mesmo tempo que afagava o abdómen num aparente exercício para atenuar as dores de que provavelmente sofria.
No caso Carlos Cardoso, para além de Ramaya, o primeiro a sair da cadeia, estão em liberdade condicional Carlitos Rachid, Manuel Escurinho e Ayob Satar, permanecendo apenas na prisão Nini Satar
Fonte: Jornal Notícias - 29.03.2013
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