Os polícias moçambicanos que na semana passada mataram um motorista de transporte de passageiros nos arredores de Maputo foram detidos e serão expulsos da corporação, disse hoje (terça-feira) à imprensa o porta-voz da polícia, Pedro Cossa.
Os polícias atiraram sobre o motorista, 31 anos, depois de este ter posto o seu veículo em andamento, ignorando supostamente ordens de paragem dadas pela polícia.
A morte gerou a fúria da população, que tentou invadir a esquadra arremessando pedras, ao que a polícia reagiu com tiros para o ar.
Em conferência de imprensa sobre o balanço semanal da atividade da polícia, o porta-voz do Comando Geral da Polícia de Moçambique, Pedro Cossa, disse que os autores do homicídio "são polícias recrutas", que já foram detidos por terem agido fora do "consentimento dos seus superiores". "Não sei o que se passa com estes recrutas. Eles agem sem o consentimento dos seus superiores", afirmou Pedro Cossa, qualificando como "repugnantes" tais acções.
A polícia também deteve dois dos seus agentes envolvidos na agressão de um homem na província de Tete, centro de Moçambique, apenas por ter sido interpelado sem o Bilhete de Identidade, disse o porta-voz do Comando Geral da Polícia.
Os agentes ameaçaram uma equipa do canal STV que presenciou e filmou a agressão.
A violência com que a polícia moçambicana às vezes trata as pessoas está a ser alvo de maior escrutínio na sequência do choque provocado pela morte recente de um taxista moçambicano pela polícia da vizinha África do Sul.
Fonte: Angolapress – 26.03.2013
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