O Tribunal penal internacional (TPI) não abandonará as acusações contra o presidente queniano eleito Uhuru Kenyatta, declarou quarta-feira a procuradora do TPI, Fatou Bensouda.
"Não abandonaremos as acusações", declarou Bensouda numa conferência de imprensa em Paris. A defesa do presidente queniano pediu segunda-feira ao TPI para retirar as acusações de crimes contra a humanidade que pesam sobre o chefe de Estado, no quadro das violências pós - eleitorais de 2007-2008.
"A questão não é saber se ele comparecerá perante o tribunal, mas quando irá", afirmou Fatou Bensouda aos jornalistas à margem da conferência organizada pela Academia diplomática internacional e o Internacional Herald Tribune.
Bensouda deplorou a "falta de cooperação do governo queniano e a delicada questão das testemunhas, das quais algumas são intimidadas ou compradas". "O Quénia é a situação mais complicada que o nosso gabinete tem para tratar", disse.
A 9 de Março, após uma semana de escrutínio, Kenyatta foi oficialmente declarado vencedor das presidenciais no Quénia. A vitória é contestada pelo seu rival , o Primeiro ministro cessante Raila Odinga, já candidato em 2007.
O processo contra Uhuru Kenyatta, 51 anos, está previsto iniciar a 9 de Julho e poderá durar dois anos. Durante a fase preliminar do processo, Kenyatta já compareceu voluntaria e livremente perante o TPI, e não foi objecto de um mandato de captura, segundo a AFP.
Os advogados de Uhuru Kenyatta pediram aos juízes o reexame da sua decisão de levar a cabo um processo em relação a recente decisão do procurador abandonar as acusações contra o co-acusado do seu cliente.
Fonte: Angolapress – 21.03.2013
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