quinta-feira, março 14, 2013

Os ímprobos que estão na gestão dos negócios do Estado

Problema está longe de se resolver com renúncia dos deputados da Frelimo.


O Ministério das Finanças é um dos campeões da improbidade. Parte significativa dos seus directores está também afecta a várias empresas públicas ou participadas pelo Estado para “engordar” o salário...
Nos meandros da gestão dos negócios do Estado, a Lei de Probidade veio em...má hora. É a multiplicidade de salários dentro do próprio Estado, dizem-nos, que assegura alguma competitividade a alguns ministérios, permitindo-lhes manter nas fileiras estatais os melhores quadros, num mercado onde, cada vez mais, quem paga mais, fica com os mais qualificados.
Graça Fumo
É directora nacional do Gabinete Jurídico do Ministério das Finanças, mas passou a acumular estas funções com as de administradora não executiva da LAM desde 30 de Dezembro de 2011, com Carlos Alfredo Fumo. Está, tal como os outros, em manifesto conflito com a Lei de Probidade Pública. A sua nomeação, tal como as da generalidade dos funcionários da primeira linha do Ministério das Finanças, é vista como uma forma de lhe dar a estabilidade financeira que o Estado não consegue assegurar aos seus melhores quadros
Esselina Macome
É administradora do Banco de Moçambique, responsável pelo pelouro de Emissão, Sistema de Pagamentos e Informática, também conhecido pela sigla (EPI). Mas também é presidente do Conselho de Administração da Sociedade Notícias, em representação do Banco de Moçambique, um dos accionistas. O Notícias é uma Sociedade Anónima, mas sucede é participado em 35,07% pelo Estado, através do IGEPE, o que coloca Esselina Macome numa situação de conflito com a Lei de Probidade Pública.
Jorge Marcelino
Foi, durante muitos anos, inspector-geral das Finanças. Há cerca de dois anos, no entanto, Manuel Chang exonerou-o do cargo, nomeando-o seu assessor. A 30 de Dezembro de 2011, juntamente com Graça Fumo, foi nomeado pelos accionistas da LAM para presidente do Conselho Fiscal da nossa companhia aérea de bandeira, acumulando, assim, as duas funções até agora. Dada a sua experiência de auditoria, no princípio do mês de Março, o primeiro-ministro nomeou-o para integrar a comissão encarregue de levar a cabo uma sindicância na TVM, Rádio Moçambique e AIM.

Fonte: O País online - 15.03.2013

1 comentário:

V. Dias disse...

Muna Reflectindo,

Há qualquer coisa nisso que ainda não percebo.

O tempo, que é o mesmo professor, há-de me esclarecer.

Não faz sentido e nem é preciso ter dois dedos de testa para perceber isso: deixar o comando da LAM, da mCel, Petromoc, etc., (onde o tacho é às carradas) e permanecer na "escolinha" do barulho, onde a gordura é pouca!!!

Este senhor, Armando Guebuza, é MESTRE em política. E eu não tenho como não reconhecer isso. O homem é político de verdade. É um presidente previdente.

Resta saber se, a parte excluída do processo, não irá desencadear uma revolta que levará à implosão do partido. Esta é uma pergunta que coloco ao meu amigo e conterrâneo Egídio Vaz.

Zicomo