A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) alertou hoje que a actual conjuntura nacional, caracterizada pela seca, cheias, tensão político-militar, bem como a derrapagem do metical face ao dólar, podem afectar a economia do país e influenciar no reajuste salarial.
O alerta foi lançado, em Maputo, pelo Vice-Presidente da CTA, Rui Monteiro, no final da primeira sessão plenária da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT) que fez o balanço do desempenho económico e social de 2015, à luz do qual se poderá ter bases para o reajuste salarial em Moçambique.
O salario mínimo nacional é reajustado anualmente com efeitos a partir de um de Abril.
Claro que isso tudo vai influenciar. Mas a realidade é que temos enfrentado vários problemas que precisam de ser ultrapassados com esforço de todos juntos, disse Rui Monteiro.
Segundo Monteiro, a tensão que se vive pode retrair os transportadores e afectar a actividade turística, enquanto as calamidades também influenciam as previsões de crescimento económico.
As calamidades têm deitado abaixo todas as previsões de encaixe financeiro e geração de trabalho digno, através dos projectos de carvão, petróleo, gás natural, infraestruturas, agricultura, turismo, entre outros, disse a fonte.
O Vice-Presidente da CTA acrescentou que em 2015 o país enfrentou problemas devido a conjuntura internacional que viriam a se redobrar no ano em curso.
Por outro lado, a representante da Organização dos Trabalhadores de Moçambique- Central Sindical, Helena Ferro, disse que a tensão político-militar está a criar um clima de incerteza no seio da sociedade e dos agentes económicos.
A corrosão do metical alterou a estrutura dos produtos. Os bens e serviços subiram e em pouco tempo o poder de compra da maioria dos moçambicanos baixou de forma drástica, agravando a pobreza, disse Ferro.
Fonte: AIM – 22.02.2016
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