sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Polícia intimida Alina Domingos

Por Edwin Honnou

A corrupção compensa?
Alina Penhassene Domingos, a jovem senhora que foi baleada na perna quando do assassinato do camionista Nelson Luís Ther Dique, na do dia 23 de Dezembro,, na zona de Cazala, distrito de Chita na província de Tete, está a correr perigo pelo facto de ter recebido a nossa reportagem que procura entender as circunstâncias em que surgiu o baleamento por policiais mobilizados e transportados pelo presidente do Conselho Municipal de Moatize, Carlos Portimão.
Um grupo de três indivíduos, à paisana, fez-se à casa da senhora Alina Domingos para lhe comunicar que se apresentasse, no dia seguinte, 10 de Fevereiro, para prestar declarações. Cheia de medo, ela lá foi mas não foi recebido nem ouvida por ninguém. Este gesto da Polícia pode ser interpretada como uma ameaça para força-lá de boca fechada.
De recordar que a Procuradoria do Distrito de Moatize fez vista grossa ao crime. Não quis ouvir a testemunha principal - Alina Penhassene Domingos - alegando não ser a peça principal e abriu um processo contra desconhecidos, como uma forma de encobrir o mandante - Carlos Portimão - e os executores, agentes da Polícia.
A atitude da Procuradoria de Moatize é interpretada como de cumplicidade com os assassinos porque se fosse produtiva, Carlos Portimão e os seus amigos teriam outra sorte. Como se a corrupção não bastasse, agora estão a perseguir a vítima para que dá boca dela não saia uma palavra que os comprometa.
É momento para a Procuradoria Provincial de Tete dar a devida assistência à Alina Domingos porque a sua vida pode estar em risco. A Procuradoria d Distrito de Moatize não merece confiança de ninguém porque está a enrolar para salvar amigos e não para que a justiça seja feita.
Vale aqui esclarecer que Alina Domingos, depois do baleamento, tem imensas imensas dificuldades em locomover-se não consegui indo, por isso, produzir o suficiente para si e seus dois filhos. Vive numa casa pobre, sem corrente eléctrica e dívidas acumuladas de arrendamento. A Procuradoria do Distrito de Moatize está indiferente ao sofrimento por que está senhora está a passar, preferindo encobrir criminosos.


Fonte: Mural de Edwin Honnou – 12.02.2016

2 comentários:

Anónimo disse...

Quando se trata de salvar uma vida não deve haver hierarquias. Mesmo a procuradora geral pode intervir no processo. Moçambique não aplica a pena de morte mas há várias penas ditadas web executadas por grupos que por cobardia se escondem. Um dia quando a violência crescer demais poderá atingi-los também. Nessa altura será mais difícil combater a violência.

Anónimo disse...

Essa e' a realidade da Procuradoria Distrital de Moatize. Tenho um processo encarcerado naquela procuradoria desde 2014 ate hoje não há sequer uma palavra para mim.
Vários são os casos semelhantes. O maior perigo neste pais e'de se pronunciar contra ou apelar membro ou instituição do Governo.
Triste situação pedimos mudanças aos visados.