A justiça administrativa egípcia decidiu, a 06 de Março de 2013, anular o decreto presidencial exarado pelo presidente Morsi e reenviar a Lei eleitoral ao Tribunal constitucional para apreciação, sendo que as eleições legislativas previstas para 22 de Abril de 2013, são por esse facto anuladas, noticiou hoje (quinta-feira) à AFP.
Segundo o presidente Morsi, as eleições legislativas deveriam colocar o Egipto "sobre os carris da estabilidade".
A decisão de anular essas eleições, pelo facto da Lei eleitoral não estar em consonância com a Constituição, coloca o poder islamita num embaraço. A precipitação do presidente em publicar o seu decreto, sem aguardar pela decisão definitiva do Tribunal explica, essa decisão.
A oposição, criticou abertamente essas eleições, colocando em causa a sua transparência e o momento escolhido para a sua realização, estimando que o país estava muito dividido para que as mesmas se realizem com calma.
A Frente de salvação nacional, principal coligação da oposição, tinha já anunciado a sua intenção de "boicotar" as legislativas.
O seu coordenador, o Prémio Nobel da paz Mohamed ElBaradei, denunciou uma "supremacia" e deixou a entender que o "escrutínio poderá ser manipulado", tal como foi em 2010, sob o governo do presidente Hosni Mubarak.
Fonte: Angolapress – 07.03.2013
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