sexta-feira, junho 06, 2014

Novo ataque a viaturas no centro de Moçambique mas sem vítimas

Um novo ataque atribuído a homens armados ligados à Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), visou uma coluna de veículos próximo de Zove, Sofala, centro de Moçambique, mas sem provocar feridos, disse à Lusa fonte médica e um viajante.
O ataque, disse um viajante à Lusa por telefone, ocorreu meia hora depois de a escolta militar de viaturas, obrigatórias na região desde Abril do ano passado, quando eclodiram os primeiros confrontos, ter deixado Muxúnguè e a cerca de seis quilómetros da vila, próximo de uma área residencial.
A coluna só seguiu uma hora depois dos confrontos entre homens armados e o exército, que escolta o movimento de passageiros e carga no troço Save-Muxúnguè da N1, a estrada que liga o sul e centro de Moçambique.
A emboscada de hoje segue-se a um dia de acalmia, depois de um período de confrontos diários.
"Na quinta e sexta-feira o hospital não registou entrada de vitimas de ataques no troço Save-Muxúnguè", declarou à Lusa fonte do Hospital Rural de Muxúnguè.
Desde segunda-feira, a escalada de ataques de homens armados, ligados à Renamo, maior partido da oposição, já provocaram a morte de três militares - um em combate na terça-feira e outros dois a caminho do Hospital Central da Beira - e dezenas de feridos, incluindo civis.
As ofensivas seguiram-se ao anúncio na semana passada da Renamo do fim do cessar-fogo unilateral que havia decretado, em resultado do impasse no diálogo que mantêm com o Governo sobre a paridade nas Forças de Defesa e Segurança e a desmilitarização do braço militar do movimento, além do protesto do avanço das tropas governamentais na Serra da Gorongosa, onde se supõe que esteja refugiado o líder do partido, Afonso Dhlakama.
Moçambique vive o pior momento de tensão político-militar após a assinatura do acordo de paz, em 1992, que pôs fim a guerra civil de 16 anos entre o governo e a Renamo.
 Fonte: LUSA - 06.06.2014

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