sexta-feira, março 08, 2013

TPI adia processo de Uhuru Kenyatta

O Tribunal Penal Internacional (TPI) adiou para 9 de julho próximo o julgamento por crimes contra a humanidade de Uhuru Kenyatta, favorito na corrida para a Presidência do Quénia, pelo seu alegado envolvimento nas violências pós-eleitorais de 2007 que fizeram mais de mil mortos no seu país.


Os juízes do TPI decidiram adiar a abertura do julgamento, inicialmente prevista para 11 de abril de 2013, para dar à equipa de defesa de Kenyatta mais tempo para estudar profundamente o dossiê.

« A Câmara considera que, além dos argumentos da defesa relativos à divulgação tardia das informações, os pedidos das equipas da defesa para o envio à Câmara Preliminar levantam questões muito sérias que devem ser resolvidas antes do prosseguimento do processo e que não devem ser resolvidas antes de 11 de abril de 2013, data inicialmente escolhida para a abertura do processo », indicaram quinta-feira os juízes do TPI.

As equipas da defesa de Kenyatta e de Francis Muthaura, o seu antigo chefe de Gabinete, deslocaram-se ao Tribunal para obter o adiamento do julgamento.

Segundo os advogados de Muthaura, a retirada dum testemunha chave, cujo testemunho era essencial para a confirmação das acusações pela Câmara Preliminar, reduziu consideravelmente o caso.

A procuradora do TPI, Fatou Bensouda, não está oposta ao pedido da equipa da defesa que quer a mudança da data do julgamento inicialmente fixada para 11 de abril de 2013.

Fonte: Panapress – 08.03.2013

4 comentários:

Reflectindo disse...

Estou com muita dúvida se Uhuru Kenyatta fez bem a bem do seu país e seu povo ao candidatar-se a Presidente da República da Quénia, sabendo que tem um processo no TPI.

V. Dias disse...

Sempre são os europeus a julgar em africanos e nunca é o inverso.

Estamos mal e muito mal pagos.

Quando estive em Haia, a metros do TPI, reclamei a um ex-colega diplomata que me levou para lá que aquelas instalações só acolhia pretos, africanos, e brancos do Leste.

Bush e outros estão impunes.

Karim pode me dizer porque isso acontece?

Será das quotas que os impunes dispõem nas IBWs?

Hein?

Zicomo

Anónimo disse...

É muito triste quando alguém vê o mundo em "Preto & Branco" mesmo, neste caso, quando os juízes do TPI são também "africanos brancos e europeus pretos" e que aplicam, no seu trabalho, a JUSTIÇA.

Sinto vergonha de alguns patricios!

A.

Reflectindo disse...

Quando mais de 1200 são mortas, deve ou não haver julgamento? E porquê o Tribunal Africano não julga crimes deste tipo?