Maputo, 26 out (Lusa) - Centenas de desmobilizados de guerra estão hoje de novo concentrados em frente ao gabinete do primeiro-ministro em Maputo exigindo o pagamento de uma pensão de 12 mil meticais (cerca de 300 euros).
Na terça-feira, primeiro dia da reivindicação, os desmobilizados retiraram do local por volta das 20:00 prometendo voltar hoje, o que fizeram desde as 08:00 locais (07:00 em Lisboa), embora em menor número.
O local está vigiado por um forte contingente policial com muitos agentes envergando coletes à prova de bala e espingardas.
Os manifestantes estão a decidir se permanecem no local ou desmobilizam, após terem conferenciado com elementos da polícia.
Jornalistas da Lusa foram os únicos entre os repórteres no local a serem identificados por polícias à paisana mas não foram impedidos de continuarem a cobrir os acontecimentos.
O gabinete do primeiro-ministro, um imponente edifício que combina linhas neo-góticas e neo-realismo socialista, oferecido pela China ao governo de Maputo, está sob forte proteção e foi cortada ao trânsito a rua que lhe dá acesso.
Nas imediações encontram-se alguns carros blindados da polícia.
Na segunda-feira, o ministro dos Antigos Combatentes, Mateus Kida, defendeu não existirem motivos para qualquer negociação com os desmobilizados.
"Ouvimos os combatentes e eles concordaram com o preceituado no Estatuto. Levámo-lo à Assembleia e ele foi aprovado pelo Parlamento. Não iríamos renegociar este instrumento aqui no Repinga (jardim onde estão os manifestantes) porque alguns combatentes têm outras exigências", disse Kida.
LAS.
Lusa/Fim
Fonte: Notícias Sapo - 26.10.2011
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