Cerca de duas centenas de pessoas, entre desmobilizados de guerra, viúvas de desmobilizados e seus filhos, estão a manifestar-se desde as primeiras horas desta terça-feira em Maputo, nas proximidades do Gabinete do Primeiro Ministro de Moçambique onde decorre mais uma sessão do Conselho de Ministros. Os manifestantes exigem uma pensão condigna e enquadramento dos milicianos no estatuto do combatente recentemente aprovado pelo Parlamento.
Apesar da manifestação ter sido autorizada, segundo afirmou o presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra(FDG) Hermínio dos Santos, uma forte presença policial está no local e em vários pontos de entrada e saída da cidade de Maputo.
Para além de agentes da Polícia de República de Moçambique (PRM) estão presentes vários agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR). Esta última usada pelo governo moçambicano em várias ocasiões para reprimir com recurso a força brutal manifestações pacíficas.
Refira-se que o Estatuto do Combatente tem sido alvo de críticas porque a mesma beneficia mais os combatentes da luta de libertação nacional em detrimento dos da guerra dos 16 anos, ou seja, a lei é discriminatória.
Para o Fórum dos Desmobilizados de Guerra o estatuto dos combatentes é uma lei que visa acomodar interesses partidários, neste caso da Frelimo, e discriminatória, daí não fazer sentido a sua existência.
Fonte: @Verdade - 25.10.2011
Adenda: Segundo Notícias Sapo, às 11:35 eram mais de um milhar de desmobilizados de guerra que que manifestam-se em Maputo para exigir uma pensão
Sem comentários:
Enviar um comentário