O Presidente dos Estados Unidos afirmou que as manifestações de Wall Street, que ganham cada vez mais adeptos e chegaram nesta quinta-feira a Washington, reflectem a frustração dos cidadãos contra os que provocaram a crise financeira.
“Ainda vemos que muitos dos que actuaram de forma irresponsável na altura se opõem hoje aos esforços que estamos a fazer para travar aquelas práticas abusivas”, disse Barack Obama numa conferência de imprensa na Casa Branca. "Vi as manifestações na televisão e penso que exprimem o descontentamento dos americanos."
As palavras de Obama surgem um dia depois de os “indignados de Wall Street” terem recebido o apoio dos sindicatos, que também marcharam na zona do coração financeiro de Nova Iorque.
Como um número cada vez maior de pessoas na rua, o movimento Occupy Wall Street também ganhou o apoio de estudantes em várias universidades espalhadas pelo país que abandonaram as aulas em sinal de solidariedade para com os protestos de Nova Iorque.
Os protestos alastraram nesta quinta-feira a Washington, com a concentração de centenas de manifestantes na Freedom Plaza, a poucos quarteirões da Casa Branca. Ao grupo juntaram-se pacifistas que protestam contra a guerra no Afeganistão, ecologistas, antigos combatentes de vários estados dos EUA.
“Parem a máquina. Criem um Mundo Novo”, foi o apelo feito através da Internet, no qual foi pedido aos manifestantes para aparecerem com sacos-cama no local do protesto para, “de forma não violenta”, resistir à ’máquina corporativa’ ocupando a Freedom Plaza para exigir “que os recursos da América sejam investidos nas necessidades humanas e na protecção ambiental em vez da guerra e a da exploração”.
Fonte: Público - 06-10-2011
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