terça-feira, novembro 03, 2015

PRM CONVIDA RENAMO A ENTREGAR VOLUNTARIAMENTE SUAS ARMAS

A Polícia da República de Moçambique (PRM) exprime a sua preocupação com as armas que ainda se encontram na posse dos homens residuais da Renamo, o maior partido da oposição no pais, razão pela qual convida este antigo movimento rebelde a entrega-las voluntariamente.

Este sentimento foi expresso em conferência de imprensa havida na manhã desta terça-feira, em Maputo, pelo porta-voz do Comando-Geral da PRM, Inácio Dina

Explicou que o processo de recolha de armas iniciou a partir do momento em que o próprio líder da Renamo, Afonso Dhlakama, decidiu entregar as que estavam no interior da residência onde se encontrava, inclusive a arma de uso pessoal.

Foi precisamente a 9 de Outubro último quando as Forças de Defesa e Segurança cercaram a residência de Dhlakama na cidade da Beira, capital da província central de Sofala, tendo recolhido todas as armas que se encontravam na posse da sua guarda pessoal.

Por isso, o porta-voz da PRM considera que, com esse gesto, Dhlakama estava a transmitir um sinal claro de que era necessário de forma contínua e voluntariamente os homens da Renamo que se encontravam noutras regiões do país também o fizessem.

Infelizmente, segundo Dina, a força residual da Renamo teima em ignorar o convite para a entrega voluntária das armas.

Explicou que o compromisso da PRM é evitar que as armas continuem em mãos alheias, sobretudo nas mãos da força residual da Renamo porque o seu líder já fez a entrega e este acto indica a vontade de um líder, que é dos seus pares, de que o devem fazer voluntariamente como ele o fez.

Dina advertiu que se os homens da Renamo insistirem em fazer ouvidos de mercador, aos apelos da sua corporação, nada resta senão continuar com as nossas acções.

Referiu que a insistência para o desarmamento daquele movimento rebelde deve-se as acções que, nos últimos tempos, estão a ser levadas a cabo por homens armados da Renamo.

Estas acções culminaram alguns tiroteios e algum reacender de insegurança provocada com o recurso as armas de fogo nas províncias da Zambézia e de Tete, na última semana.

Contudo, devido a presença policial e a vigilância e controlo permanente que a PRM está a efectuar reduziu bastante a gravidade dos tiroteios, tendo sido possível restaurar a normalidade.

Questionado sobre o número de armas recolhidas desde o início do processo a esta parte, Dina disse ser muito prematuro avançar quantidades exactas.

Referiu que o número é elevado porque as pessoas estão a perceber a extrema necessidade de colaborar na denúncia de locais onde possa haver armas, bem como de indivíduos na posse de armas ilegais.

Muitas armas estão em esconderijos muito antigos, ou seja há mais de cinco ou 10 anos pelo que a sua movimentação acarreta riscos. Por isso, as armas acabam sendo destruídas no local.

As armas de fogo que se encontram em bom estado vão ser conservadas tendo como fiel depositário as Forças de Defesa e Segurança. Neste momento se fossemos avançar em números seríamos bastante infelizes, disse.


Fonte: AIM - 03.11.2015

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