Por Marcelo Mosse
Há pouco mais de duas
semanas, o Presidente da Republica, Filipe Nyusi, reuniu o Conselho Nacional de
Defesa e Segurança. Na agenda estava a definição de uma saída para a questão da
integração das forcas residuais da Renamo no exército. Entre abordar a Renamo
para mais conversa ou partir-se para o desarme compulsivo, esta última opção pesou
mais. Seu mentor tem um nome de código: autor do primeiro tiro. Reza a
historiografia oficial da luta de libertação nacional que Alberto Chipande, a
sombra tutelar de Filipe Nyusi, foi quem premiu o gatilho inaugural da guerra
que libertou o Pais do colonialismo. Foi em 1964. Em terras macondes.
O General Chipande se
cruza novamente com a história da guerra. Em 2015, ao som de uma mapiko
coreografada la do alto do poder. Agora trata-se de derrotar militarmente a
Renamo. Seu argumento (de Chipande em circuito fechado) eh o de Dhlakama não eh
serio, facilmente rasga acordos e, por isso, já chega de ir na cantiga do líder
do maior partido da oposição, que continua ainda militarizado. Chipande
controla agora a narrativa do percurso político de Moçambique. (...)
Uma coisa eh certa…tudo
indica que o projeto de desarmamento da Renamo não vai terminar assim num
ápice, como se pretende. Por isso eh de esperar que o prato do diálogo politico
na balança volte a ganhar peso e o Presidente Nyusi não saia cabisbaixo deste
processo.
(,,,) Leia amanha no
PUBLICO.
Sem comentários:
Enviar um comentário