Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) morto, dois civis feridos e parte da população refugiada nas matas e nas ilhas das cercanias é o resultado do pandemónio que se está a viver na localidade de Pangane, posto administrativo de Mucojo, interior do distrito de Macomia, em Cabo Delgado.
A Unidade de Intervenção Rápida (UIR) foi chamada a acudir a situação e o clima se mantêm tenso, havendo populares que ameaçam pôr termo à vida dos agentes da Lei e Ordem.
A rotina dos residentes de Pangane, uma pacata localidade costeira do distrito de Macomia, na parte central de Cabo Delgado, com cerca de oito mil habitantes está às avessas desde a quinta-feira passada.
Os líderes religiosos locais decidiram banir por completo a venda de bebidas alcoólicas nos estabelecimentos comerciais e hoteleiros ali existentes porque a religião muçulmana, que é predominante na zona, é contrária à venda e consumo deste tipo de bebidas.
Por outro lado, o banimento é justificado pelo comportamento inapropriado que, supostamente, os consumidores, muitos deles jovens, apresentam quando estão embriagados. Faltam ao respeito, insultam à toa na via pública, entre outras práticas que atentam contra as famílias e a religião.
A operação de recolha de bebidas terá sido dirigida por um líder religioso, cujo nome não conseguimos apurar, que se fazia acompanhar por um grupo não especificado de jovens, os quais “apreenderam” produtos e dinheiro vivo estimado em 42.110 meticais em pelo menos cinco estabelecimentos. Ler mais
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