Nota: A justiça que faz recordar a morte do jovem músico Jaime Paulo Camilo, com o nome artístico de Max Love em Quelimane e que calha ter sido no mesmo mês e ano. A justiça moçambicana até optou por não ligar nada ou proteger o atirador.
O Tribunal Provincial de Luanda absolveu nesta quinta-feira o militar da Guarda Presidencial Desidério de Barros, que matou a tiro a 23 de Novembro de 2013 o militante da Casa-CE Manuel Helbert Ganga.
Acusado pelo Ministério Público de homicídio voluntário depois de o próprio ter confessado o crime, Barros foi inocentado pelo tribunal que considerou que Ganga e mais seis militantes da coligação colavam cartazes “ofensivos à pessoa” do Presidente da República.
O tribunal considerou que o soldado agiu em cumprimento do seu serviço, tendo em conta a violação do perímetro de segurança do palácio presidencial e que a vítima, depois de interceptada pela Guarda Presidencial, decidiu fugir, tendo então sido atingido por um dos disparos.
O militar de 30 anos incorria a uma pena de 20 anos de prisão.
Depois de conhecida a sentença, amigos e parentes de Manuel Hilbert Ganga, bem como apoiantes da Casa-CE protestaram fora do tribunal contra a sentença, acusando a justiça de estar a serviço do MPLA e do poder.
Manuel Hilbert Ganga foi morto quando afixava panfletos a propósito do caso Cassule e Kamulingue junto ao Estádio dos Coqueiros em Luanda, nas proximidades da residência oficial do Presidente da República.
Fonte: Voz da América – 26.11.2015
Sem comentários:
Enviar um comentário