A proposta de reforma refere que a progressão nas carreiras dos professores será doravante ditada em função do mérito, tempo de serviço e, sobretudo através dos bons resultados que apresentarem não em termos percentuais, mas na base de competências adquiridas pelos alunos.
Falando esta sexta-feira no término da Conferência Nacional do Professor que decorreu na cidade portuária e central da Beira, Armindo Ngunga, vice-ministro de Educação e Desenvolvimento Humano, fez saber que depois da aceitação da proposta pelos participantes, o passo seguinte será o de divulgação do acórdão da conferência para posterior discussão com outros professores do país.
Essa acção visa a elaboração de argumentos concretos a serem levados ao Governo, para vermos que passos subsequentes serão tomados com vista à sua materialização. Esta situação pode levar mais algum tempo. São etapas que devem culminar com mudanças. Não podemos dizer que a nova política entrará em vigor daqui a um ou três meses, disse Ngunga, citado hoje pelo Diário de Moçambique.
Questionado sobre os mecanismos que serão usados para avaliar os bons resultados relativos à aquisição de competência por parte dos alunos, por sinal o principal indicador para a progressão dos docentes, Ngunga disse que o pelouro já iniciou o desenho de instrumentos de avaliação dos professores concorrentes a sua progressão.
Vamos melhorar a ficha de avaliação do desempenho do professor para incluirmos aspectos específicos do trabalho do professor na sala de aula disse.
Sobre o aspecto referente ao nível académico, Ngunga explicou que o mérito número um na questão das carreiras tem a ver com o facto de o professor ser um profissional e ganhar a sua vida e não acomodar-se no canudo.
Hoje, o aspecto profissional tem sido preterido. Portanto, estamos a dizer que o Governo não pode continuar a financiar o canudo. Se o canudo tiver algum conteúdo é importante. Não podemos incentivar as pessoas a correr atrás dos diplomas. Se o professor estiver integrado na carreira deve estudar todos os dias para melhorar o seu conhecimento, ou seja, estudar para melhorar o seu trabalho e não para trazer o certificado hoje e solicitar a subida de salário. Portanto, isso não vai acontecer indicou.
Outra matéria que norteou as discussões da conferência dos professores situou-se no estatuto deste.
A este respeito, o vice-ministro de Educação e Desenvolvimento Humano afirmou ser necessário que a sociedade saiba o que é de facto um professor, para além de saber os seus direitos e deveres, para que esta mesma vigie e controle o docente.
Fonte: AIM – 21.11.2015
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