terça-feira, julho 08, 2014

Assaltada Residência Oficial do Presidente do Município de Nampula: "Escapei por Sorte, porque Eles Podiam Estar Mesmo atrás de mim"


O presidente do município de Nampula, o maior centro urbano do norte de Moçambique, disse sexta-feira à Lusa que a sua residência oficial foi assaltada na quinta-feira, acreditando que o crime teve motivações políticas. 

"Arrombaram a residência oficial onde eu moro e roubaram o computador portátil pessoal, telemóveis, um aparelho de televisão e de som", disse à Lusa Mahamudo Amurane, autarca do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior força partidária em Moçambique.

"Escapei por sorte, porque eles podiam estar mesmo atrás de mim", declarou, acusando a polícia municipal de inoperância e de estar envolvida no "objectivo de inviabilizar o Conselho Municipal [autarquia]". Várias instalações do Conselho Municipal da cidade de Nampula foram assaltadas e vandalizadas nas últimas duas semanas. 

O primeiro caso aconteceu no posto administrativo de Muhala, a seguir foi no posto de Namicopo, e depois na sede da Direcção do Meio Ambiente. "Em todos os locais arrombaram as instalações e roubaram móveis e equipamentos, sobretudo computadores", afirmou o autarca.

"Em todas estas situações estavam sempre lá agentes da polícia municipal em serviço. Na minha residência estavam dois agentes", disse Mahamudo Amurane, acrescentado que a força policial local "está completamente corrompida, com mentalidades agitadas por mão externa", com o objetivo de "inviabilizar os trabalhos do Conselho Municipal".

"Quando tomámos a posse já conhecíamos o comportamento dos agentes do Comando da Polícia Municipal e, porque nos pautamos pelo respeito, integridade e inclusão, não desvinculámos ninguém, mas depois fomos obrigados a fazer reformas de reestruturação nos cargos de chefia. Mesmo assim, estamos a notar que se perpetua o comportamento de indisciplina e desordem por parte dos agentes", disse ainda o autarca. 

O líder do Conselho Municipal de Nampula está convicto de que, apesar da perda de documentos em resultado do que chama "intolerância política", a dinâmica da instituição não será afectada. Mahamudo Amurane apelou para a vigilância aos munícipes face a uma situação que define como "fogo cruzado".

Estes acontecimentos sucedem-se a um grave incidente partidário em Nampula, há duas semanas, quando apoiantes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) invadiram as instalações do Centro Social do bairro Carrupeia, em Nampula, sob gestão da edilidade, e culminou na acção da polícia, que recorreu a gás lacrimogéneo para separar uma disputa entre grupos ligados ao partido no poder e ao MDM.

Na sexta-feira, a imprensa moçambicana noticiou que o Ministério da Administração Estatal vai investigar o pagamento de honorários pela edilidade de Nampula a líderes comunitários locais, alegando suspeitas de utilização ilegal de dinheiros públicos. 

Moçambique tem previstas eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) para 15 de outubro.

Fonte: Lusa - 07.07.2014

2 comentários:

Anónimo disse...

Ninguém se admira a estes acontecimentos, a Frelimo nasceu da bandidagem e isto continua até hoje, fique sabendo que desta vez é de vez que estamos cansados de vossas governacoes fiquem sabendo seus marginais. Partido de ladrõe e assassinos? eu nunca vi...!

Anónimo disse...

Tanto mimi para que? quem conhece a cidade de Nampula sabe que é um habito de roubo nas residencias. sou de nampula e tenho dois irmaos que vivem foram assaltados nas suas residencia e limparam tudo, varios empresarios de nome na praça tambem ja sofreram. Vai trabalhar Amurane deixa de culpar a Frelimo por tudo e por nada, reforça segurança da sua residencia.