O Procurador-Geral da República da Guiné Bissau acaba de entregar a sua demissão ao Presidente de transição , Serifo Nhamadjo.
Abdu Mané deu como explicação o facto de ser "incompatível" a sua manutenção no cargo e a convivência com o futuro Presidente José Mário Vaz, que esteve detido por uma semana, em 2013, acusado pelo Ministério Público de desvio de fundos públicos provenientes de Angola, caso que ainda está pendente.
Em Março, Abdu Mané tentou impedir a candidatura de Jomav. O procurador entendia que Vaz não podia ser candidato a presidente por ter os seus direitos de circulação limitados no âmbito de medidas de coacção impostas durante um processo sob investigação, mas o Supremo Tribunal de Justiça não lhe deu razão.
Durante a campanha, José Mário Vaz disse num debate televisivo que, apesar do episódio, iria apoiar a recondução de Abdu Mané como PGR. No entanto, ao justificar a demissão, este escreve que não pode "ficar indiferente ao retorno da normalidade constitucional e à agenda eleitoral inequivocamente votada em nome do interesse nacional, que está acima de quaisquer outros interesses".
Adbu Mané, advogado e antigo professor na Faculdade de Direito de Bissau, tinha sido nomeado pelo presidente de transição - na sequência do golpe de Estado militar de abril de 2012 - para o cargo de PGR em 23 de Agosto de 2012.
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