quarta-feira, janeiro 22, 2014

CNE admite má conduta dos seus quadros pressionados pelos partidos

 Os partidos políticos estão a exercer, com sucesso, pressão sobre os seus membros nas assembleias de voto e em órgãos eleitorais para distorcer os resultados eleitorais a favor dos seus partido, segundo disse o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo Sau, numa reunião de autoridades eleitorais realizada na segunda-feira. (Notícias, 21 de janeiro de 2014)
Isso levanta a questão de "Qual é o comando que deve ser obedecido?", as autoridades eleitorais ou funcionários do partido?, perguntou ele.
"Cada acto que praticamos durante o processo eleitoral que for contrário à lei pode ter consequência nefastas”, sublinhou. “Sem justiça em processos eleitorais o risco de instabilidade é eminente, o descrédito sobre as autoridades eleitorais é evidenciado e a legitimidade dos eleitos em governar é recorrentemente posta em causa”, afiançou.
Em seu discurso, Abdul Carimo citou especificamente a falta de credenciais para dar 150 observadores na Beira, o atraso desnecessário no anúncio dos resultados em alguns lugares, a falha em algumas assembleias de voto para dar delegados do partido cópias originais das folhas de resultados (editais), e dando boletins de voto para as pessoas de fora assembleias de voto.
Ele apontou para os actos "por nós praticados desnecessariamente que mancham a legitimidade do processo, criam críticas recorrentes na comunicação social sem que haja necessidade alguma."


Eleições Autárquicas 2013 Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EA 64 - 22 de Janeiro de 2014

2 comentários:

Anónimo disse...

Que partidos? Custa lhe sr dizer que é o Frelimo?! Por que não agiu naltura? Que pena!

Anónimo disse...

Se tivesse agido emprego entrava em causa. Por isso preferiu deixar o povo a sofrer e ele ganhar o pao.