O Recenseamento do Serviço Militar obrigatório na
província de Nampula, que espera inscrever perto de 19 mil jovens, pode ser
comprometido devido a fraca afluência aos locais instalados para o alistamento.
Os
choques entre forças do governo e combatentes da RENAMO começaram a se estender
para diversas regiões e, ao mesmo tempo, provocam receio nos macebos,
prejudicando o recenseamento militar. Na última semana havia sido inscritos
cerca de dois mil candidatos.
Nos
postos de alistamento militar, o movimento é fraco. Os locais de inscrição
estão instalados em postos administrativos de toda a província de Nampula. A DW
África conversou com alguns mancebos. Os jovens temem ser incorporados
imediatamente nas frentes de combate na província de Sofala.
Combates
têm sido registados em Sofala, nas áreas de Muxungue e Satunjira, e em
Inhambane, precisamente em Homoíne. A tensão pode fazer com que não seja
alcançada a meta de 19 mil recrutas a serem inscritos, prevista para este ano.
Mendes Francisco foi ouvido pela DW África no posto de alistamento militar
obrigatório de Muatala.
Medo
Ele
acha que a fraca afluência se deve a tensão político-militar em Muxungue. O
jovem afirmou, por outro lado, que muitos, ao se inscreverem, têm por objectivo
encontrar um emprego e não necessariamente se envolver em confrontos militares.
"É
que normalmente os jovens não querem cumprir o serviço militar por causa da
guerra. O interesse [é colaborar com] a sua pátria e tentar ajustar a vida para
o futuro".
Augusto
Mulala disse à DW África que muitos têm medo de morrer, uma vez que são
mostrados cenários de confrontos violentos nos vários canais televisivos do
país, onde cidadãos e membros das forças governamentais são mortos por homens supostamente
da Renamo.
"Muitos
têm medo da guerra e de serem mandados para Muxungue quando se recensearem.
Quando assistem pela televisão o que está a acontecer por lá, muitos não têm
aquela coragem".
Entretanto
Carlos Lâmina, delegado do Centro Provincial de Recrutamento de Nampula,
minimizou a situação. Ele diz que, nos 21 distritos da província, o processo
está a decorrer sem sobressaltos. Lâmina afirma que, desde o inicio do
processo, já foram inscritos mais de nove mil candidatos, com maior percentagem
nas cidades.
Exigências
"O processo corre em bom ritmo. Estamos em números que consideramos de boa produção. Temos recenseados mais de 9,3 mil jovens, uma cifra de 94%. Estamos a falar de um momento que as aulas ainda não iniciaram", explica Lâmina.
"O processo corre em bom ritmo. Estamos em números que consideramos de boa produção. Temos recenseados mais de 9,3 mil jovens, uma cifra de 94%. Estamos a falar de um momento que as aulas ainda não iniciaram", explica Lâmina.
Noutro ponto o delegado fez saber que, os jovens
moçambicanos não têm como ficar de fora do Recenseamento Militar Obrigatório
devido à guerra, uma vez que, para obter emprego, estudar na universidade entre
outros é exigida a situação militar regularizada.
"Para que o jovem tenha emprego em Moçambique ele precisa apresentar o documento que ateste que a sua situação [com o recenseamento militar] está regularizada. Para ter carta de condução e se inscrever na universidade, também é necessária a regularização."
"Para que o jovem tenha emprego em Moçambique ele precisa apresentar o documento que ateste que a sua situação [com o recenseamento militar] está regularizada. Para ter carta de condução e se inscrever na universidade, também é necessária a regularização."
Fonte: DW.DE – 24.01.2014
1 comentário:
Gostaria de saber se os filhos do tal delegado fazem parte das FADM /FIM ou mancebos, primeiro devem mandar la filhos de todos monistros
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