sexta-feira, abril 05, 2013

Renamo mata quatro agentes da PRM

As autoridades moçambicanas confirmam a morte de quatro agentes da Polícia, durante um ataque perpetrado na madrugada de hoje por homens armados da Renamo ao posto policial do Posto administrativo de Muxungué, distrito de Chibabava, na província central de Sofala.
“Pela madrugada (de hoje) foi atacado o posto policial de Muxungué a norte do Rio Save. Durante o ataque quatro agentes da polícia foram mortos, enquanto do lado da Renamo 10 ficaram feridos”, disse o porta-voz do Comando Geral da Policia num breve contacto com a AIM.
Cossa explicou ainda que o ataque foi organizado por um comandante da Renamo identificado apenas com o nome de Mazembe, que morreu durante o ataque. 
Tudo indica que o ataque da Renamo ao referido posto policial terá sido para tentar libertar um grupo de 15 membros daquele antigo movimento rebelde que foram detidos na quarta-feira, em Muxungué, pela Força de Intervenção Rápida (FIR). 
Refira-se que as forças de manutenção da lei e ordem lançaram na terça e quarta-feira duas operações contra antigos guerrilheiros da Renamo que tentavam reagrupar-se em locais onde durante a guerra civil serviram de bases militares.
O jornal electrónico “Mediafax” escreve, na sua edição de hoje, que em algumas dessas concentrações, “se assistem exercícios típicos de preparação militar”.
Esgotadas tentativas de negociação no sentido de dissuadir os homens da Renamo a abandonar os locais ocupados por estarem a “assustar” as populações, assim como pelo facto de estarem a acampar sem as mínimas condições de saneamento, a polícia decidiu avançar para retirada forçada dos homens da Renamo.
Por isso, na quarta-feira, usando meios de ataque bastante sofisticados, incluindo blindados, a FIR tomou de assalto a sede distrital da Renamo em Muxúnguè, onde estavam acampados cerca de 150 guerrilheiros há cerca de duas semanas, segundo as estruturas administrativas locais.
O administrador distrital de Chibabava, Armando Machoue, disse que a presença dos homens da Renamo estava a criar uma situação de mal-estar que as populações locais já nem conseguiam ir a machamba.
Várias vezes, as estruturas locais conversaram com os homens da Renamo no sentido de deixarem claro a sua pretensão, mas “nunca ficou claro o que eles queriam”.
Assim, na última sexta-feira, as autoridades policiais deram um ultimato aos homens da Renamo. 
“Porque não houve resposta positiva, a polícia interveio hoje (ontem) para repor a ordem”, disse Machoue.
Na terça-feira, dia anterior, a polícia também desfez uma concentração de homens da Renamo, no distrito de Gondola, província central de Manica.
“Assim, nesta terça-feira, a polícia conseguiu escorraçar os homens da Renamo que estavam num acampamento em Gongola, na província de Manica” escreve o “Mediafax”, explicando que eram cerca de 200 homens acampados há mais de 11 dias.
Entretanto, a Renamo convocou hoje uma conferência de imprensa em Maputo para falar sobre os acontecimentos recentes. 
“Perante a guerra que nos é movida pela Frelimo e o seu governo, a Renamo pela primeira vez vai reagir. Queremos comunicar ao povo moçambicano e a comunidade internacional que a Renamo, está cansada de perseguições, humilhações, repressão, ditadura e da escravatura,” disse, Ossufo Momade, porta-voz da Renamo.
Para o efeito, a Renamo diz que pretende perseguir todas as pessoas que têm atacado aquele antigo movimento rebelde, até a sua proveniência, com armas que serão confiscadas aos agentes da FIR. 
Convidado a comentar sobre as acções concretas que o seu partido pretende adoptar para perseguir as pessoas que têm estado a atacar a Renamo, o porta-voz escusou-se a elaborar. 
Momade também não foi capaz de revelar quando é que o seu partido irá iniciar a referida perseguição. 
O porta-voz do maior partido da oposição atribui a culpa ao Presidente da República, Armando Guebuza, a quem ele acusa de ter prometido, no início do seu mandato, acabar com a Renamo. 
“Nos vinte anos de convivência multipartidária e de paz aparente, o Governo da Frelimo sempre deu ordens as suas forças da polícia, da FIR e as forças armadas atacaram e continuam a atacar,” disse.
Fonte: RM/AIM - 03.04.2013

6 comentários:

Anónimo disse...

A meu ver temos que acabar com os bandidos armados . Chega de disso, estes homens nao respeitam a ninguem

Anónimo disse...

Aproximadamente assim alguem o dissera: PARECE ANEDOTA, O GRANDE ERRO FOI PÔR FIM AO COLONIALISMO...
Há aqui pois, um cheirinho disso. Espreitemos para trás na história, veremos algumas evidências que infelizmente criavam e justificavam antagonismos entre compatriotas...

Anónimo disse...

O Povo está cansado de políticos fantoches, tal a FRELIMO assim como a RENAMO têm responsabilidade de manter a PAZ.
se há diferençsa entre eles mas acabadas que se acabem. a guerra dos 16 anos foi igualmente movida por causa das diferenças que outrora existiram entre estes dois ( FRELIMO e a RENAM), como consequencia disso o povo e que sofreu.
sabemos, pois, que qualquer desordem política-militar irá afectar o povo indefeso sem dúvida.
estamos cansados de políticos que usam o povo como escudo.
o presidente da República sem vergonha, vai proferir aquele discurso em torno do ataque em Muxungue, se ele não quisesse falar calava a boca e evitava mostrar ao povo que não respeita a vida humana.
as pessoas mortas e feridas em Muxungue e outras que pereceram em Nampula, deixaram filhos. será que o Governo está fazendo algo por estas famílias deixadas na desgraça.
se já não quisrem governar este País, deixem para os Outros. mesmo na FRELIMO há ainda quadros muitos competentes para por este barco num bom porto.
não podemos sentir saudades do presidente Chissano sempre que se fala em Homens armados em Moçambique.
sabe, estou cá em Gorongosa, o sentimento no seio da população é de extrema preocupação, e mais ainda, quando ouvvimos, da boca do chefe do estado, um pronunciamento tão ridículo...





Dolores disse...

A FRELIMO confia na sua musculatura e o seu privilegio> A FIR pensa que basta estar em posse de muitas armas e umas costas quentes para fazer e desfazer. Cansei-me de apela-los a saber pautar por uma conduta aceitavel, mas nao querem respeitar io direito. A continuar assim, vou deixar que se apague a sua sombra protectora ate que aprendam a licao e bem aprendida

Anónimo disse...

Nguiliche

O colonialismo falava de fazer respeitar a Lei, e a Frelimo desrepeitou a Lei e fez a guerra de 10 anos. A Frelimo falou de fazer respeitar a Lei e a Renamo desrespeitou a Lei e começou a guerra de 16 anos. Estranho é que a mesma Frelimo continua a falar de fazer respitar a Lei, não se convenceu, ou é aquele hábito de culpar o vizinho e pensa que já não existem conduçoes para guerra. Será tarde quando a Frelimo se convencer que está errada.

A descoberta de recursos naturais agudiza a arrogancia e mã interpretação de fenómenas pela parte da Frelimo. Os que deviam criticar a Frelimo, não o fazem com receio de serem preteridos na exploraçao dos recursos naturais.

Reflectindo disse...

Oh primeiro anónimo,

1. Tenho certeza que já escutaste a reportagem do jornalista Fernando Veloso. Se não o fizeste eis aqui.

2. Tenho certeza que tens acompanho que a Frelimo violando a CRM manda arreiar as bandeiras e destrói as sedes de um partido pacífico como MDM. Se não o viste eis Polícia Municipal ordena encerramento da sede do MDM em Gondola

Tire ilação sobre que bandidos devem ser banidos.
Supondo que és membro duma das partes beligerantes, não tenho que pedir-lhe para que deixe o Mocambique em paz.