terça-feira, abril 23, 2013

Frelimo tem dever de dar exemplo

Devido a sua estatura naturalmente conferida pelo curso histórico do partido que conduziu a luta armada de libertação nacional e governa o país desde da proclamação da Independência Nacional e em vários contextos... A Frelimo tem responsabilidades até de sobra e como dever de dar exemplo a outros partidos políticos moçambicanos que podemos ainda considerar emergentes.


Nada justifica a Frelimo furtar-se disso e promover actos e práticas que não merecem a seu nível. Já basta a alegação sustentada pelo facto de possuir maior número de assentos no parlamento para ter maior número de membros na Comissão Nacional de Eleições.
Ainda que a sociedade moçambicana não esteja de acordo com isso, a maneira como conseguiu fazer passar a sua intenção podemos ligeirar e considerar pacífica, tendo em conta também o próprio contexto em que se desenvolve a democracia do país. Agora, manipular também o processo de eleição de membros em representação da Sociedade Civil isso é ultrapassar limites e de forma grosseira procurar promover a intolerância. O caso da Zambézia em que dois membros da Comissão Provincial de Eleições tiveram de renunciar antes que fossem expulsos por terem entrado para o órgão de forma fraudulenta é grave para o partido Frelimo.

Sugere um debate interno profundo e apresentação de desculpas sinceras a sociedade civil moçambicana. Estamos a falar de indivíduos que foram conduzidos a Comissão Provincial de Eleições em nome da Sociedade Civil enquanto na verdade representam interesses políticos do partido Frelimo. Foi preciso esperar que a Sociedade Civil e os políticos na Zambézia denunciassem para a correcção do mal. É vergonhoso para um partido tão maduro, tão experiente, repleto de quadros inteligentes continuar a tolerar esse tipo de práticas que não só ferem a própria Frelimo como todo o processo político em construção e a nação moçambicana em geral.
Fonte: O AUTARCA in Mocambique para todos – 23.04.2013

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