Um tribunal de República Democrática do Congo (RDC) condenou 12 activistas de direitos humanos a 20 anos de prisao cada acusados de planear uma marcha de protesto contra os altos preços da água e electricidade e ainda a má gestão da sua província.
O tribunal regional da cidade de Bundundu, no oeste do país, condenou-os tambem por rebelião e conspiração.
O grupo Africano de Direitos Humano (ASADHO) emitiu um comunicado logo depois do anúncio da sentença na terca-feira, dizendo que a decisão “viola todas as garantias nacionais e internacionais sobre um julgamento justo”.
O comunicado diz ainda que os activistas tinham pedido mais tempo para se prepararem para o julgamento, mas os juizes recusaram categoricamente o pedido e condenaram-nos sem antes ouvirem os argumentos da sua defesa.
Os dois activistas organizaram mês passado uma marcha para protestar contra a má gestão dos governantes da província de Bandundu, bem como o aumento dos preços da água e electricidade, mas foram detidos um dia antes da realização da marcha.
De acordo com vários grupos de direitos humanos, incluindo a ASADHO, as detenções foram levadas a cabo por ordens do governador provincial, Jean Kamisendu Kutuka.
A ACAJ, um outro grupo de direitos humanos, também disse que os activistas tinham sido “severamente torturados” pela polícia enquanto estiveram sob custódia.
Kutuka assumiu o posto de governador há cerca de um ano, depois que a Assermbleia Provincial aprovou uma moção de censura contra o seu predecessor.
Fonte: AIM - 17.04.2013
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