2. Como será possível desculpar de tudo que
acontece lá fora, quando a má actuacão dos pupilos de Guebuza é muito mais
notável na altura que saem da Escola da Matola? Assim que terminaram
(recentemente) a sessão do CC e a reunião com os presidentes dos municípios,
quanta coisa perigosa estamos a assistir? Só para lembrar: Gôndola, Macia,
Muxungwè, membros da Frelimo nas comissões provinciais de eleicões fazendo-se passar
de membros da sociedade civil pela porta da ONP... Quanta coisa vamos assistir
ainda nas províncias onde ele está em "presidência aberta", mas que
na verdade é pré-campanha eleitoral? Não estará lá a cultivar a intolerância?
3. Quando nas reuniões da Matola se diz algo
bom, nós cá fora ouvimos. Foi assim que soubemos do apelo de Raimundo
Pachinuapa à tolerância política. Também já pudemos ouvir isso, numa reunião de
quadros da Frelimo realiza da na Beira, na altura de Joaquim Chissano. Mas
alguma vez ouvimos apelos feito por Armando Guebuza aos membros da Frelimo?
4. Elísio Macamo critica Armando Guebuza pelas
suas presidências abertas muito caras. Isso fazem muitos mocambicanos. A vez
que tentou reformulá-las, pelo menos para não usar helicopteros para zonas
próximas de Maputo, foi quando os "vândalos" agiram na Matola e
Maputo... Ora, se Guebuza considera as críticas e seus críticos, porque hoje
ele vai fazer a mesmíssima coisa em Cabo Delgado e Nampula e assim
sucessivamente?
5. Acho que a avaliacão de Guebuza com base
nos resultados eleitorais, e, pior ainda, com base nos dos que foram votar,
pode não nos dizer a realidade. Sugiro que o próprio processo eleitoral tem que
ser analisado e avaliado. Portanto não acho que é pelo facto de Joaquim Chissano
ter obtido um fraco resultado eleitoral em 1999 que ele deixa de ser melhor que
Armando Guebuza.
6. Quanto às negociacões para a paz em
Mocambique é o mérito de Jaoquim Chissano e não de Armando Guebuza porque este
último foi delegado pelo primeiro. Acho que seria um erro julgarmos José
Pacheco pelo insucesso ou fracasso das conversacões entre o governo da Frelimo
e a Renamo.
7. Se há problemas de gestão na funcão
pública, quem é o responsável disso? Afinal não é Armando Guebuza quem deu
relevância o cartão partidário que a competência dos mocambicanos? O que é que
os "camaradas" ministros, governadores, administradores, directores,
etc, podem fazer se a vontade do presidente o chefe máximo do partido é essa de
basear-se no cartão partidário na gestão da coisa pública?
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