Os restos mortais do jovem taxista moçambicano Emidio (Mido) Macia foram hoje a enterrar no cemitério da Texlom, na cidade industrial da Matola, Sul do país.
Mido Macia morreu por maus tractos perpetrados por agentes da polícia sul-africana, depois de desentendimentos a volta de estacionamento de uma viatura.
Num ambiente de consternação, os familiares da vítima manifestaram, na ocasião, a sua preocupação pela forma como o malogrado perdeu a vida.
A Governadora da Província de Maputo, Maria Elias Jonas, prometeu, no seu elogio fúnebre, que o governo moçambicano continuará a seguir este caso até ao seu desfecho. “Acreditamos na justiça sul-africana e também acreditamos que estes agentes serão condenados exemplarmente, para que actos deste género não voltem a acontecer”, disse.
"O governo moçambicano condena esta acção bárbara cometida por agentes da polícia sul-africana”, disse, por seu turno, o Ministro dos Combatentes, Óscar Kida.
Alguns moçambicanos residentes na África do Sul tambem manifestaram a sua consternação pelo sucedido, afirmando que continuarão a marcar presença no tribunal que julga este caso.
“Não estamos felizes com o que aconteceu, é triste. Já nos manifestamos por duas vezes contra este acto e vamos continuar a acompanhar o caso ate ao seu desfecho. Daqui voltamos a África do Sul. Viemos cá apenas para assistir a cerimónia fúnebre do nosso irmão moçambicano”, afirmaram.
Entretanto, mais de uma centena de activistas da Liga dos Direitos Humanos de Moçambique (LDH) e populares realizaram hoje, em Maputo, uma marcha pacífica contra o assassinato de Mido Macia.
Empunhando dísticos com dizeres exigindo o fim da humilhação dos moçambicanos na Africa do Sul, justiça contra os polícias envolvidos no caso, eles percorreram praticamente toda a avenida Eduardo Mondlane até alcançarem a embaixada da Africa do Sul, em Maputo.
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