segunda-feira, março 04, 2013

Chale Ossufo diz que terrenos da base aérea de Nacala foram distribuídos antes da sua eleição

Edil de Nacala-Porto defende “partilha” de responsabilidades.

O presidente do Conselho Municipal de Nacala-Porto, Chale Ossufo, nega assumir sozinho a culpa relativamente à distribuição de terrenos em volta da base aérea militar de Nacala, província de Nampula.
O edil de Nacala diz que o espaço em causa começou a ser concedido aos empresários “muito antes da sua eleição em 2008”, daí que deve haver partilha de responsabilidades.

O responsável acredita, porém, numa solução favorável, que compense os empresários pelos prejuízos financeiros.


Tal solução virá de reuniões técnicas dos ministérios envolvidos, nomeadamente os ministérios dos Transportes e Comunicações, Finanças e Defesa.

Depois de um mês em silêncio, Ossufo reage assim às declarações da ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, que chefiou uma brigada do Conselho de Ministros destacada para apurar as irregularidades na concessão daqueles terrenos.

Mais de 10 projectos já em funcionamento foram abrangidos pela decisão dos militares sobre a base aérea de Nacala, deixando no desemprego mais de 3 mil trabalhadores.

O desemprego em Nacala afecta grande parte da população activa local, que acusa os gestores dos empreendimentos de preteri-los em detrimento dos estrangeiros ou cidadãos oriundo de outros pontos do país, mesmo reunindo todas as qualificações exigidas para o efeito.   Aliás, o edil de Nacala fez saber, por outro lado, que a decisão dos defensores da pátria não criou instabilidade para os empresários que pretendem investir em Nacala, pois desde que a decisão foi levantada, em finais de Novembro, mais de 20 empresários, entre nacionais e estrangeiros, escalaram aquela cidade portuária para implantarem os seus projectos.

enquanto isso, os empresários abrangidos que falaram ao nosso jornal, na condição de anonimato, disseram que só sairão da zona em disputa mediante uma indemnização pelos danos causados, porque, segundo suas palavras, foi o próprio governo que concedeu ilegalmente o espaço. Dizem que os seus projectos já estão em fase de acabamento e alguns até em funcionamento.

Num outro desenvolvimento, as nossas fontes lamentam os prejuízos que vêm acumulando desde de que os seus projectos foram embargados e dos trabalhadores que já estão no desemprego.

Fonte: O País online - 04.03.2013

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