O DESVIO de fundos no Comando-Geral da PRM, em Maputo, implicando alguns generais da corporação, ascende a 270 biliões de meticais da antiga família. O rombo financeiro terá ocorrido até pouco depois de 2005, ano em que houve grandes mexidas nas chefias do Comando-Geral e do Ministério do Interior.
O grupo de altas patentes da Polícia, cujos nomes ainda não foram revelados, foi acusado recentemente pelo Ministério Público (MP) de desvio de fundos, verbas que se destinavam, entre outras necessidades, à aquisição de equipamento e ração para os homens da lei e ordem, mas que acabaram sendo desencaminhados por alguns oficiais superiores que na altura dos factos ocupavam cargos de chefia naquele Comando. Trata-se de somas do Orçamento do Estado que nunca chegaram a ser aplicados para o fim a que se destinavam.
As altas patentes em causa foram ainda indiciadas de matérias ligadas a uma empresa supostamente fictícia que teria sido criada pelo Ministério do Interior e que posteriormente viria a ser usada para drenar parte das verbas. Denominada Chicamba Investimentos, a empresa tinha como sócios alguns elementos do Comando-Geral da Polícia, agora indiciados de crime.
O processo com o número 773/PRC/07, relacionado com este caso de desvio de fundos, já se encontra no Tribunal Judicial da Cidade do Maputo e nas mãos de um juiz para a devida tramitação. Depois de analisá-lo, o juiz deverá pronunciar os arguidos, abrindo espaço ao contraditório, caso os arguidos o solicitem, ou marcar a data do julgamento.
A retirada de fundos terá acontecido pela via da Direcção de Logística e Finanças, que na altura estava encarregue de adquirir equipamento e uniforme de trabalho para os agentes e apetrechar de outras necessidades as diferentes unidades operativas. Porque tal nunca chegou a acontecer, na altura os agentes da Polícia, em consequência, passaram a confrontar-se com enormes dificuldades para realizar o seu trabalho, reduzindo a sua capacidade de intervenção nas acções de combate à criminalidade, entre outras missões que cabem a uma corporação como a PRM.
Fonte: Jornal Notícias - 14.03.2011
4 comentários:
"O rombo financeiro terá ocorrido até pouco depois de 2005, ano em que houve grandes mexidas nas chefias do Comando-Geral e do Ministério do Interior"
Sempre desconfiei quando diziam que as mexidas era para "imprimir nova dinâmica". Era isso sim para esconder os intrujões.
Bom já não se percebe nada.
O Almerindo foi preso, diziam 220 biliões.
No fim acabou em 2 biliões, tudo sem pés nem cabeça.
Estes "boatos" têm como objectivo "credibilizar" a atitude HONRADA do Governo, perante os doadores internacionais.
Assim todos irão pensar que o governo do dia é melhor que o anterior!
Farinha do mesmo saco!
Treta!
Fungulamasso
Vamos ter que ler bem esta história. Se já se fala de rombo, não entendo do porque os nomes dos acusados não são públicos.
Nelson, as mexidas no governo da Frelimo são mesmo para escamotear roubos e seus autores. Exemplos disso não faltam. O caso da Direccão Provincial de Antigos Combatentes de Maputo, isto é, o caso Zauria, terminou com transferâncias/mexidas, os casos de duas direccões provinciais de Niassa, também abafou-se com mexidas. Enfim...
Ali não acontece roubo nenhum. Há apenas divisão dos dinheiros e mais NADA.No nosso país não se rouba, a Frelimo divide.
Zicomo
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