O governo da Costa do Marfim rejeitou o endosso da União Africana à certificação das Nações Unidas do vencedor das eleições presidenciais de Novembro, afirmando que os líderes africanos estão a piorar a situação e serão responsabilizados por um possível regresso a uma guerra civil.
O governo da Costa do Marfim rejeitou o endosso da União Africana à certificação das Nações Unidas do vencedor das eleições presidenciais de Novembro, afirmando que os líderes africanos estão a piorar a situação e serão responsabilizados por um possível regresso a uma guerra civil.
O antigo primeiro-ministro Alassane Ouattara disse que a reunião de hoje de líderes da União Africana na Etiópia endossou a sua eleição e agora pensa que o presidente ainda em funções Laurent Gbagbo deve deixar o poder:
“Tivemos um bom encontro com o painel de chefes de estado e eles confirmaram que eu sou o presidente eleito pelo povo marfinense e trata-se portanto de uma decisão final a que não se pode voltar atrás. E ao mesmo tempo pediram-me se eu podia, num quadro de reconciliação, formar um governo que tomasse em linha de conta outros partidos e a sociedade civil e tentar encontrar uma saída honrosa para Laurent Gbagbo. Obviamente aceitei isso porque quero paz para a Costa do Marfim.”
Nesse sentido, Ouattara disse que irá trabalhar para formar um governo que inclua membros do partido de Gbagbo.’
Gbagbo foi convidado para as conversações na Etiópia mas recusou o convite. O seu representante, Pascal N’guessan, disse que a decisão da União Africana não ajudará a resolver a crise pacificamente.
N’guessan afirmou que a África e a União Africana estão a contribuir para piorar a situação na Costa do Marfim e que serão responsáveis por uma eventual guerra civil que venha a ocorrer.
Laurent Gbagbo continua a insistir que foi reeleito porque um Conselho de aliados seus anulou, por considerar fraudulentos, perto de 10 por cento dos votos depositados.
N’guessan disse que Gbagbo está aberto a todas as negociações mas que não aceitará que ninguém negue a sua vitória sem qualquer razão ou argumento.
Na sua primeira viagem ao estrangeiro desde as eleições de Novembro, Ouattara trabalhou para solidificar o quase unânime apoio internacional ao seu governo em encontros com cerca de 30 diplomatas, incluindo representantes da União Europeia, Estados Unidos, Índia e Brasil.
Escute aqui.
Fonte: Voz da América - 11.03.2011
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