Tripoli, Líbia (PANA) – As autoridades líbias desmentiram categoricamente qualquer contacto com o Conselho Nacional Provisório formado em Benghazi (nordeste) sobre uma eventual retirada negociada do líder líbio, Muamar Kadafi, e prosseguem uma intensa campanha diplomática para demonstrar a gravidade da situação prevalecente no país e a ameaça de guerra na região mediterrânica.
O líder líbio manteve terça-feira à noite uma conversa telefónica com o chefe do Governo grego, Georges Papandreou, para o informar sobre os desenvolvimentos na Líbia e a necessidade de Atenas compreender o perigo que paira sobre a segurança e a paz na região mediterrânica, na sequência da presença no leste líbio de grupos armados manipulados, segundo Tripoli, pela Al-Qaeda.
Kadafi afirma que a Grécia deverá falar com voz alta, visto que a desestabilização da Líbia conduzirá, sem dúvidas, à da África do Norte, do Mediterrâneo e da Europa.
Segundo a Agência Líbia de Notícias (JANA), o primeiro-ministro grego disse que a Líbia é um país amigo e que ele transmitirá esta realidade à União Europeia (UE).
Por outro lado, o secretário do Comité Popular Geral líbio, Al-Bagdadi Mahmoudi, iniciou terça-feira à noite uma série de contactos com o Presidente senegalês, Abdoulaye Wade, os primeiros-ministros turcos, Recep Tayyip Erdogan, e maltês, Lawrence Gonzi, sobre o desenvolvimento da situação na Líbia.
De acordo com a JANA, Abdoulaye Wade afirmou que o seu país iria apoiar a Líbia durante a próxima reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA).
O primeiro-ministro turco, reiterou, por sua vez, a rejeição pelo seu país duma intervenção estrangeira nos assuntos internos da Líbia ou dum atentado contra a sua soberania territorial e a sua unidade nacional.
O chefe do Governo maltês opôs-se, por seu lado, a uma intervenção militar externa e às tentativas de impor uma zona de exclusão aérea contra a Líbia , afirmando que o seu país está consciente do perigo da presença de organizações armadas terroristas na Líbia para a segurança do Mediterrâneo e da Europa.
Fonte: pana press - 09.03.2011
Reflectindo: se Gaddafi não quer guerra civil porquê não parte como fizeram Ben Ali e Hosni Mubarak? Vamos ver se Gaddafi não foi enganado por esses com que ele contactou.
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