Ayoob Satar, um dos membros da família Satar, foi morto a tiro, ontem terça-feira, 2 de Julho, em Karachi, capital do Paquistão. Satar esteve preso 12 anos, condenado por envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso. Posto em liberdade condicional, por bom comportamento, em Março do ano passado, juntamente com outros dois réus do processo Cardoso, Carlitos Rachide e Manuel Escurinho, Ayoob reclamou sempre a sua inocência.
Não são ainda conhecidas as motivações que levaram à morte de Ayoob Satar.
O @Verdade divulgava ontem que Ayoob Satar se deslocara a Karachi para visitar os filhos do casamento com a mulher da qual se divorciou recentemente.
Ayoob era um dos irmãos mais velhos de Nini Satar, também preso por envolvimento no assassinato de Carlos Cardoso que foi, ainda em vida, um dos ícones da liberdade de imprensa em Moçambique. Este assassinato levantou ecos um pouco por todo o mundo. Cardoso foi morto a tiro a 22 de Fevereiro de 200, numa rua do Centro de Maputo, em frente ao Parque dos Continuadores.
Ayoob também foi réu no "Caso BCM", tendo sido o único membro da sua família absolvido.
O "Caso BCM" diz respeito à maior mega fraude bancária de que há memória em Moçambique.
Vicente Ramaya, recentemente assassinado no centro de Maputo, em plena luza do dia, foi gerente do balcão da Soomershield do BCM e condenado a pena de prisão por esta fraude que Cardoso investigava no jornal "Metical". A fraude terá envolvido 14 milhões de dólares, embora Ramaya tenha chegado a declarar que o montante verdadeiro fora de 302 milhões ( AIM 2002).
Ayoob Star estava em gozo da sua liberdade condicional há cerca de ano e meio e encontrou a morte em circunstâncias idênticas a de Vicente Ramaya, que com ele esteve detido durante doze anos.
Club of Mozambique e @verdade - 03.07.2014
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