segunda-feira, março 31, 2014

Daviz Simango considera escolha pelo MDM "passo firme" para chegar ao poder em Moçambique

O candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) às presidenciais de 15 de outubro considerou hoje a sua reeleição interna como um "passo firme" na ascendência ao poder.

"Seremos nós, moçambicanas e moçambicanos, todos juntos, com as nossas capacidades, com as potencialidades, com seriedade e trabalho, que iremos ter no MDM o instrumento da nossa verdadeira libertação, a libertação que só se conquista com dignidade, prosperidade, igualdade, justiça, segurança e bem-estar", precisou Daviz Simango, que concorre pela segunda vez às presidenciais, em Chimoio, Manica.


Daviz Simango foi hoje eleito candidato do MDM às presidenciais após sair eleito, nas eleições internas, com 94% dos votos (53 dos 56 votos) no II Conselho Nacional do partido, que hoje terminou em Chimoio.

Contudo, o candidato da terceira força política do país advertiu não ter "nenhuma fórmula mágica, nenhuma ação milagrosa para garantir o sucesso imediato e massivo do MDM", e apelou a "um trabalho árduo, união, dedicação, imaginação, organização, criatividade e muita perseverança" dos membros do partido.

"Os jovens como nós sonham e lutam por um país melhor, mais justo e democrático, onde os políticos sejam servidores e não se sirvam do povo", declarou Daviz Simango.

A sua candidatura, disse, preconiza o desenvolvimento económico e a criação de emprego e infraestruturas, a preservação da paz e da democracia, a consolidação da coesão nacional e o desenvolvimento do capital social, além do reforço da participação de Moçambique no contexto internacional.

Na sua campanha, assegurou, vai ser reforçada a estratégia que levou o MDM a eleger oito deputados em 2009 e a conquistar quatro municípios, incluindo de três importantes cidades: "Vamos usar o poder da comunicação boca a boca. Esse será o nosso MSN principal, pois pode ser usado, tanto pelos que têm como os que não têm telemóvel", afirmou Daviz Simango.

O candidato afirmou que entra na corrida eleitoral num exercício político genuíno, deixando o povo julgar e avaliar o mérito de cada concorrente, e considerou que a presença de outras forças na corrida fortalecem o processo democrático de Moçambique.

"O nosso combate é a favor dos interesses nobres dos moçambicanos e não contra outros partidos políticos e é com naturalidade que fizemos esse exercício político, pois estamos conscientes de que todos os partidos são importantes para a democracia", afirmou.

Daviz Simango, 50 anos, filho de um fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Uria Simango (executado num campo de reeducação, após a independência), vai provavelmente disputar as eleições com o seu mentor político, Afonso Dlhakama, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), com quem entrou em colisão em 2008, ao contrariar a decisão de não se recandidatar ao município da Beira, e Filipe Nyusi, da Frelimo, atualmente no poder. 


Fonte: LUSA - 31.03.2014

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