O défice orçamental de Moçambique deve aumentar para 9,5% este ano, depois de em 2013 ter-se situado em 3%, de acordo com um relatório domingo divulgado pelo Fundo Monetário Internacional.
No documento, o FMI afirma que a economia de Moçambique deverá este ano crescer à taxa de 8%, depois de em 2013 ter registado um aumento de 7%, mas avisou que o défice orçamental é “insustentável.”
A previsão de crescimento corresponde à do Banco de Moçambique mas o FMI disse que o país terá de gastar mais dinheiro este ano a fim de garantir a realização de eleições presidenciais, previstas para 15 de Outubro próximo.
Na passada sexta-feira, Doris Rossi, chefe da equipa do FMI que recentemente visitou Moçambique para encontros com o governo tendo em vista a conclusão da segunda avaliação ao abrigo do Instrumento de Apoio a Políticas (PSI), disse que o forte desempenho da economia do país é reflexo da actividade na exploração mineira, construção, transportes e comunicações e nos serviços financeiros.
“Os riscos que se colocam a este cenário continuam a ser moderados e estão relacionados principalmente com o preço internacional das matérias-primas e com as incertezas em termos de políticas num ano de eleições. A inflação média foi de 4,2 por cento em 2013, sendo provável que se situe este ano no intervalo de médio prazo do governo de 5-6%”, disse.
Doris Rossi, que falava em Maputo, afirmou ainda que a inflação parece estar bem controlada, “mas existem riscos associados a pressões inflacionárias em países vizinhos, especialmente na África do Sul, e a um orçamento em expansão crescente.
Fonte: macauhub - 17.03.2014
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