A Vale Moçambique prevê exportar a primeira carga de carvão através do porto de Nacala-a-Velha já em 2015, devendo a fase de testes iniciar-se no quarto trimestre deste ano, informou o director-geral da companhia, Ricardo Saad.
O projecto de desenvolvimento do porto de Nacala-a-Velha e da linha férrea Moatize-Nacala, que a Sociedade de Desenvolvimento do Corredor do Norte explora, e que é detido pela Vale Moçambique (80%) e pela Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (20%), deverá estar operacional a partir do próximo ano, traduzindo um investimento de cerca de 4,5 mil milhões de dólares.
De acordo com Ricardo Saad, as obras de conclusão da linha de caminho-de-ferro, com uma extensão de cerca de 900 quilómetros, entre a região carbonífera de Moatize, em Tete, cruzando a zona sul do Malawi e a província moçambicana de Niassa, até ao porto de Nacala-a-Velha, em Nampula, poderão estar concluídas no final do terceiro trimestre deste ano.
Com uma capacidade de escoamento de 18 milhões de toneladas de carvão ao ano, a linha deverá solucionar os constrangimentos que a Vale Moçambique tem vindo a enfrentar no escoamento de carvão.
À semelhança do grupo anglo-australiana Rio Tinto, a subsidiária moçambicana do grupo brasileiro Vale tem utilizado a linha de Sena, que liga Moatize ao porto da Beira, na província de Sofala, para escoar carvão, mas a limitada capacidade da ferrovia tem provocado sucessivos impactos nos resultados operacionais das companhias.
Em 2017, a Vale Moçambique prevê exportar 22 milhões de toneladas de carvão ano, das quais quatro milhões através do porto da Beira e 18 milhões pelo porto de Nacala-a-Velha.
Fonte: macauhub - 14.03.2014
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