O presidente sul-africano Jacob Zuma deverá reembolsar parte das obras efectuadas com dinheiro público em sua residência privada de Nkandla (leste) sem que houvesse relação com a segurança do chefe de Estado.
Entre as reformas realizadas na casa, avaliadas em 246 milhões de rands, estão um centro de visitantes, um anfiteatro, um galinheiro, um curral para gado e uma piscina, afirmou uma das mediadoras na luta contra a corrupção no país, Thuli Madonsela.
O anúncio acontece a sete semanas das eleições gerais de 7 de Maio.
Os gastos assumidos pelo Estado ultrapassam o que era razoavelmente necessário para a segurança do presidente, foram inconscientemente excessivos e provocaram o desvio de fundos, criticou a funcionário no relatório "Segurança com todo conforto".
"Uma das medidas podem ser consideradas ilegais e os actos investigados representam condutas censuráveis e má gestão", escreveu Madonsela.
"O presidente deve reembolsar um percentual razoável dos custos", disse.
O valor deve ser determinado pelo serviços fiscal.
No relatório, ela também pede que o presidente "puna os ministérios pela forma espantosa como o projecto Nkandla foi administrado", o que chama de "malversação de recursos públicos".
"Os fundos foram desviados do projecto de reforma do centro da cidade de Durban e do programa do ministério de Obras Públicas de gestão de riscos", destaca o documento.
Fonte: AFP in LUSA – 19.03.2014
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