A Liga dos Direitos Humanos (LDH), uma organização não-governamental moçambicana, vai realizar no próximo sábado, em Maputo, uma marcha pacífica em repúdio ao assassinato do taxista moçambicano Mido Macie, perpetrado pela polícia sul-africana.
A marcha terá início as 9 horas na estátua Eduardo Mondlane e vai terminar no Alto Comissariado da África do Sul, na capital moçambicana.
Falando quarta-feira em entrevista a AIM, a presidente da LDH, Alice Mabote disse que a adesão a marcha não só significará um acto de repúdio contra aquele acto macabro, bem como será uma manifestação pública de solidariedade para com a família enlutada.
″O que nós queremos é mostrar a nossa solidariedade contra este acto bárbaro que todos os canais televisivos estão a reportar, disse.
No fim da marcha será entregue uma carta aberta ao Alto Comissariado da Africa do Sul em Maputo. Por isso, Mabote disse que se todos os cidadãos se fizerem presentes, para manifestar a sua indignação, terá um impacto muito grande porque as imagens vão correr o mundo inteiro. Assim, o mundo inteiro irá questionar a Africa do Sul sobre aquele crime macabro.
Alice Mabote aproveitou a oportunidade para citar alguns casos de brutalidade cometidos pelas autoridades e cidadãos sul-africanos, daquele país vizinho, contra moçambicanos.
Como exemplo citou os casos de xenofobia que nos últimos anos afectou muitos moçambicanos, sessão de treinos de cães da Polícia sul-africana usando como alvo cidadãos moçambicanos entre outros.
A Presidente da LDH também conta o caso de uma cidadã moçambicana cujos dedos de uma das mãos foram amputados por agentes da polícia sul-africana, depois de ter sido surpreendida a vender cabelos artificiais a uma agente dos serviços alfandegários daquele país vizinho.
Mido Macie, 27 anos, morreu quinta-feira última vítima de hemorragia interna, na sequência de uma agressão perpetrada por um grupo de oito agentes da Polícia sul-africana em plena na via pública e que teve como origem uma paragem irregular.
Na ocasião, Mido Macie foi algemado na parte traseira de uma viatura e depois o arrastado num percurso de cerca de 400 metros.
As imagens vídeo deste crime macabro – captadas através de um telemóvel de uma testemunha – chocaram Moçambique e o mundo inteiro, provocando uma onda de protesto pela forma brutal e selvagem da actuação da Polícia sul-africana.
1 comentário:
Mafala ya kumwa.
Zicomo
Enviar um comentário