A polícia desmente categoricamente plano para abater o líder da oposição e Conselho de Ministros não comenta (escute aqui)
A Renamo acusa a polícia moçambicana de pretender assassinar Afonso Dhlakama e ameaça atacar o palácio presidencial em Maputo, se isso vier a acontecer.
A polícia desmente categoricamente qualquer plano para abater o líder da oposição. Inquirido por um correspondente da Voz da América em Maputo, o porta-voz do Conselho de Ministros disse que o assunto não foi abordado e escusou-se a comentar.
A Renamo veio terça-feira a público acusar a polícia de estar a organizar uma invasão à residência de Afonso Dhlakama em Nampula, com objectivos de tirar a sua vida.
A informação foi tornada pública pelo Comandante da Segurança de Dhlakama, Símião Bute, o qual disse que o seu partido tem já informações da chegada a Nampula de algumas forças especiais que, neste momento, se encontram escondidas no Comando das Forças de Intervenção Rápida e outras, junto ao quartel de treinos em Nampula vulgarmente conhecido por Polígono.
Simião Bute disse que face ao clima instalado em Nampula, as suas forças encontram-se em estado máximo de alerta, advertindo por essa razão o povo moçambicano para o reinício da guerra em Moçambique.
“O que fizemos no dia 8 de Março passado, vai ser muito pouco. Aquele que vai ter saudade de morrer venha morrer nesse dia que vão atacar a residência da Renamo. Os que tiveram saudades de morrer no dia 8 morreram. E falta os outros que têm saudades, Venham donde vierem, nós estamos prontos para os receber e matá-los,” disse para depois explicar que não está a brincar com ninguém, pois o que fala transmite a verdade da Renamo.
O Comandante da Segurança da Renamo disse que no mesmo dia em que será assaltada a residência da Renamo, esta formação política fará o assalto na mesma altura à Ponta Vermelha, como forma de mostrar ao chefe do Estado moçambicano e à sua família "o quanto é bom ouvir disparos".
Confrontada com as alegações da chegada de forças especiais a Nampula para assaltar a residência de Dhlakama, o comandante da polícia, João Inácio Dina, diz não ter esse tipo de informação.
Fonte: Voz da América - 03.03.2012
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