Inhambane (Canalmoz) – A militante do MDM que se encontrava detida em Inhambane desde a data das eleições intercalares, Isabel Joaquim Madeira, foi ontem libertada por volta das 11 horas. Esteve detida cinco dias sem culpa formada. Na sexta-feira, quando os seus colegas foram postos em liberdade, ela continuou presa por nem sequer ter um auto aberto do qual pudesse passar a constar o mandato de soltura ordenado pela procuradoria.
Isabel Madeira fazia parte do grupo de 37 elementos da logística do MDM que a Policia prendeu em vários postos de votação no período da manhã do dia das eleições intercalares, desmontando dessa forma por completo o sistema de apoio aos delegados de candidatura de Fernando Amélia Nhaca, numa acção dirigida por pessoal do STAE onde se destacou o funcionário da administração eleitoral, Alberto Carlos Guila, que andou pelos postos, acompanhado por um oficial da PRM, numa viatura Nissan Hardbody com a chapa de matrícula MMQ-40-60. Ordenava telefonicamente que a PRM enviasse contingentes para prender cirurgicamente os membros do MDM e todos que suspeitasse estarem ligados à candidatura de Fernando Nhaca.
Ao todo, no dia das eleições, a Policia prendeu 53 membros do aparelho da MDM tendo libertado, horas depois, 16, mantendo em carcere 37.
A acção da Policia inibiu os eleitores de votarem, sobretudo jovens, é o que mais se ouve dizer em Inhambane onde a vitória de Benedito Guimino, candidato do partido Frelimo foi celebrada com fraca adesão e muito pouco entusiasmo.
Depois das eleições são muitos os comentários que se ouvem na sociedade civil não arrigimentada a respeito da intimidação concertada pelo STAE.
Na sexta-feira às 15 horas só ficou detida Isabel Madeira.
Desde ontem às 11 horas não há mais ninguém detido.
Todos os detidos acabaram sendo postos em liberdade por falta de material que consubstanciasse qualquer ilícito eleitoral. (Fernando Veloso, em Inhambane)
Fonte: Canalmoz - 24.04.2012
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