O responsável da SADC disse ser um "facto que o Malawi vive uma situação difícil", do ponto de vista sócio-económico e financeiro, mas assinalou a postura do governo e da população "por respeitar a Constituição", depois da morte de Bingu wa Mutharika.
Salomão falava aos jornalistas após um encontro, em Maputo, com o presidente Armando Guebuza, durante o qual debateram os últimos desenvolvimentos no Malawi.
"Os problemas com que a Nação (malawiana) se debate são enormes", nomeadamente, "problemas de reservas financeiras, carência de combustível e a relação difícil entre o Malawi e as instituições financeiras internacionais: FMI, Banco Mundial e a União Europeia", disse.
Tomaz Salomão apontou ainda a "difícil relação" que o país tem com os Estados vizinhos, incluindo Moçambique, mas reconheceu que estes problemas resultam, em parte, da atitude do falecido Presidente do Malawi.
"Não é novidade para ninguém que os últimos momentos de vida do Presidente Bingu wa Mutharika se caracterizaram por momentos difíceis com os países vizinhos", designadamente Moçambique, disse.
Tomaz Salomão apelou aos Estados membros da SADC para tomarem medidas em conjunto para apoiar aquele país, porque, após a reunião de hoje com a Presidente Joyce Banda, na capital malawiana, disse ter sentido "que a preocupação do Malawi é pôr o passado para a história e iniciar uma nova etapa nas relações porque os vizinhos não se escolhem", referiu.
"Não há opção. Nesse sentido aquilo que tem que acontecer é que as relações se normalizem. E eu senti da parte da Presidente do Malawi esta abertura e, seguramente, ela aproveitará a presença do Presidente da República Armando Guebuza nas cerimónias fúnebres para ao vivo e em directo colocar as suas inquietações", afirmou.
Armando Guebuza irá ao funeral de Estado de Bingu wa Mutharika, que se realiza em Lilongwé, na próxima segunda-feira.
(RM/Lusa) in Rádio Mocambique - 18.04.2012
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