FADM QUE NÃO ERAM FADM
Cerca de 10 quilómetros depois as seis viaturas que faziam parte da comitiva são abruptamente forçadas a interromper a marcha para atender a uma ordem emitida nesse sentido por quatro indivíduos que repentinamente saíram “do nada”, numa mata cerrada. Eram homens trajados a rigor, com o uniforme militar semelhante ao usado pelos membros do Exército governamental, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), facto que não provocou nenhum alarido nem temor no grupo.
Cerca de 10 quilómetros depois as seis viaturas que faziam parte da comitiva são abruptamente forçadas a interromper a marcha para atender a uma ordem emitida nesse sentido por quatro indivíduos que repentinamente saíram “do nada”, numa mata cerrada. Eram homens trajados a rigor, com o uniforme militar semelhante ao usado pelos membros do Exército governamental, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), facto que não provocou nenhum alarido nem temor no grupo.
No entanto, já com as viaturas completamente imobilizadas, começaram a emergir, também “do nada”, os “verdadeiros” guerrilheiros da Renamo, trajados com o seu habitual uniforme totalmente verde. Ai sim, começou a notar-se um ambiente de apreensão e de calafrios entre os membros da comitiva, até que um dos guerrilheiros da Renamo se apercebeu do mal-estar que se vivia naquele instante e prontamente tranquilizou o grupo.
Momentos depois iniciou-se um processo de revista a pente fino a todos os membros da comitiva que se deslocava ao encontro do líder da Renamo.
Porém, antes do início da revista os homens da Renamo avisaram os presentes que na eventualidade de se detectar algo perigoso no grupo o seu portador não voltaria jamais para a sua proveniência e será “o nosso convidado à base” (da Renamo).
Os elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM) que garantiam a segurança da comitiva não foram revistados pelos homens da Renamo e mantiveram as suas armas.
Antes de se retomar a viagem ao encontro de Afonso Dhlakama, que se encontrava a uma distância de quase um quilómetro e meio do lugar onde o grupo foi interceptado, viveu-se um momento de espanto e fortes emoções entre os jornalistas, quando, de repente, viram os homens da Renamo cumprimentando-se, com sorrisos, com os membros da PRM, gesto que incluiu a troca de cigarros e conversas amenas.
Houve até sessões de fotos entre as duas forças e os jornalistas também se juntaram ao “convívio fraterno”. Foram dez minutos de confraternização que incluiu troca de lembranças e presentes… (RODRIGUES LUÍS)
Fonte: Jornal Notícias - 12.05.2014
Sem comentários:
Enviar um comentário