quarta-feira, julho 04, 2012

Está decidido: Alunos vão realizar novas avaliações após fraude em Quelimane

As provas já foram anuladas e dentro de poucos dias os alunos tomarão conhecimento, nas  respectivas escolas, das novas datas para a realização das avaliações finais do segundo trimestre. Esta foi a decisão tomada ontem pelo director provincial da Educação e Cultura da Zambézia, José Luís Pereira.

Tal decisão foi tomada pelo sector da Educação na Zambézia, na sequência de um motim e barricadas perpetrados na última segunda-feira, pelos estudantes do ensino secundário geral da Cidade de Quelimane, em protesto contra a anulação dos resultados das provas semestrais sob  alegação de fraude académica.
Perante as incessantes manifestações, José Luís Pereira teve que dialogar com os alunos. Num breve contacto com os manifestantes, o director provincial da Educação e cultura pediu calma e ordem aos alunos, afirmando que o problema seria resolvido esta semana depois de um encontro do colectivo da direcção e outro com os directores e pedagógicos das escolas secundárias da capital provincial da Zambézia.
Falando já com os Jornalistas, José Luís Pereira explicou que a sua direcção não irá recuar da decisão de anular as provas, uma vez que está a seguir rigorosamente o regulamento, segundo o qual, se numa escola houver fraude a avaliação tem de ser invalidada e realizar-se uma outra e, neste caso, reforçando as medidas de controlo.
Pereira afirmou que os valores monetários cobrados pelas direcções das escolas para reproduzir as cópias dos enunciados serão devolvidos aos alunos e ainda esta semana haverá um encontro entre o colectivo da direcção e os directores dos estabelecimentos de ensino para discutir os mecanismos de  ultrapassar o imbróglio.
Entretanto, os alunos fincam pé e afirmam que se a decisão de anular os resultados prevalecer, eles não voltarão à sala de aulas para fazer uma outra prova. Pedem à direcção para investigar e punir severamente os funcionários e professores envolvidos nesta fraude académica, pois são os únicos culpados desta situação.
“se eles queriam anular as provas deviam tê-lo feito no segundo dia e não agora. As provas estavam a circular por todo o que é canto de Quelimane e Nicoadala ; as pessoas que estiveram na elaboração é que têm culpa”, disse Bernardino Bernardo, um dos estudantes citados pelo jornal Noticias.

Fonte: Rádio Moçambique – 04.07.2012

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