terça-feira, julho 10, 2012

PRM indignada com soltura dos presumíveis autores do crime

E nada pode fazer, porque ninguém pode estar acima de um mandado de soltura emitido pelo juiz de instrução.  Ou melhor, a polícia bem ou mal só tem de se conformar com a decisão do juiz...


A Polícia da República de Moçambique (PRM) diz estar preocupada com a soltura, pelo tribunal da cidade de Maputo, dos cinco presumíveis autores dos crimes de violação e assassinato da rapariga de 17 anos de idade, ocorrido mês passado, no bairro de Maxaquene, na cidade de Maputo. Só que, embora assim, os agentes da Lei e Ordem nada podem fazer, senão se conformarem com a decisão judiciária, já que ninguém está acima de um mandado de soltura exarado pelo Tribunal. Aliás, o porta-voz da polícia ao nível do Comando da Cidade, Arnaldo Chefo, está ciente disso. “Ninguém está acima de um mandado de um juiz”, disse Chefo, para quem não deixa de ser preocupante.

Na verdade, não é a primeira vez que a PRM se mostra frustrada com a actuação do sector judiciário no país. Jorge Khálau acabou violando a lei, no caso de armas, em Nacala Porto, por desobedecer às ordens judiciárias, ordenando, desta forma, a detenção do agente da PRM supostamente envolvido no caso, que havia sido solto pelo tribunal, justamente por causa desta “crispação”, entre a PRM e o sector judiciário.

A PRM entende ser transtornante desenvolver acções de luta contra o crime que culminam com a detenção de supostos criminosos, para, dia seguinte, serem soltos pelos tribunais, alegadamente por falta de provas ou mesmo por caução.

no caso vertente, dos jovens supostamente envolvidos na violação e assassinato da rapariga, um deles acabou confessando o crime, de acordo com a polícia, corroborada pelos populares.

O facto de um dos supostos criminosos ter confessado, para os populares, é suficiente para que todos os envolvidos sejam responsabilizados pelo acto, já que o confesso teria indicado todos os que estiveram com ele no momento do crime.

Fonte: O País online – 10.07.2012

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