segunda-feira, setembro 07, 2009

Três mil professores abandonam o ensino por ano em Moçambique

Mais de três mil professores abandonam o Sistema Nacional de Educação por ano, partindo para outros destinos a procura de melhores condições de vida ou para prosseguir com os seus estudos. Esta situação, segundo a inspectora-geral do Ministério da Educação e Cultura (MEC), Naima Sal, resulta na insuficiência de professores para assegurarem o curso normal das aulas, afectando negativamente o processo de ensino e aprendizagem.
Sal, que falava semana passada na província de Inhambane, Sul do país, disse que o MEC está a estudar formas de criar condições básicas para os professores, principalmente os das zonas rurais, com vista a contornar o problema.
Por outro lado, com vista a criar maior motivação, o MEC está a intensificar as construções aceleradas de infra-estruturas escolares, com destaque para residências dos professores.
“Mesmo aqueles que foram contratados sem formação, ao longo do ano, beneficiam de capacitação, permitindo munir-lhes de ferramentas suficientes para a elevação do processo de ensino”, disse Sal.
Segundo ela, este problema merece uma atenção especial das estruturas do sector, sob pena de se continuar a assistir a fuga de quadros do sector depois de se investir na sua formação e na criação de condições mínimas para o desempenho das suas funções.
As escolas moçambicanas de formação de professores graduam anualmente cerca de 12 mil docentes para o nível básico, dos quais 11 mil assinam contratos com o MEC para trabalhar no Sistema Nacional de Educação.
Parte dos excluídos é depois solicitada para preencher as lacunas criadas com a morte ou desistência daqueles docentes que rubricam contratos com o MEC.

Fonte: Rádio Moçambique (06/09/09)

Nota: Isto é para reflectir.

1 comentário:

Viriato Dias disse...

O problema, meu caro amigo, é da lixeira que está podre e não as políticas.

Um abraço