Contra “decisões de conveniência” da CNE
Escrito por F. M. e H.L.
Depois de dar indicações claras de que participaria no encontro, Leopoldo da Costa, decidiu gazetar ao diálogo com o Parlamento Juvenil sem dar explicações, o que suscitou a ira de mais de duas centenas de jovens que o aguardavam.
Depois de dar indicações claras de que participaria no encontro, Leopoldo da Costa, decidiu gazetar ao diálogo com o Parlamento Juvenil sem dar explicações, o que suscitou a ira de mais de duas centenas de jovens que o aguardavam.
(Maputo) O Parlamento Juvenil, um organismo da sociedade civil que congrega jovens e se dedica a discussão de assuntos candentes que afectam esta camada social e, não só, diz que as últimas decisões assim, como o comportamento que tem estado a ser demonstrado pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e seu staff estão a criar um verdadeiro mal-estar no seio da juventude moçambicana.
Segundo esta organização, foi na perspectiva de buscar consensos, aproximação e dar oportunidade no sentido de a CNE sentar com a juventude e explicar, da melhor forma possível, as reais razões que levaram aquele órgão eleitoral a deliberar contra a participação plena, nas eleições de 28 de Outubro, de todos os partidos políticos, exceptuando a Frelimo e a Renamo. Depois de dar indicações de que participaria no encontro com a juventude, Leopoldo da Costa, pautou pela ausência.
Leopoldo da Costa não enviou sequer um representante e, mais grave para os jovens do Parlamento Juvenil, é que ele (Leopoldo da Costa), não mandou qualquer justificação da sua ausência no encontro que juntou pouco mais de duas centenas de jovens de várias sensibilidades num dos hotéis da capital moçambicana.
Vendo as suas expectativas frustradas (queriam conversar com o Presidente da CNE), a juventude decidiu avançar com ideias para ver a sua opinião passar nos órgãos eleitorais. A primeira ideia que se poderá concretizar nos próximos dias, é uma marcha pacífica pelas artérias do país até à sede da Comissão Nacional de Eleições no sentido de ir dizer ao órgão eleitoral que “estas eleições não valem porque não respeitaram aos princípios basilares de um processo eleitoral democrático: a liberdade, a equidade e a transparência”.
Aliás, “se ele fosse capaz de explicar o que aconteceu, teria estado aqui connosco hoje ou, então, teria mandando alguém. Mas, na verdade, há coisas nesse processo que, logo à priori, são estranhas e inexplicáveis” – disse um jovem que participou no encontro para depois receber aplausos das mais de duas centenas de jovens que lotavam o local.
Aliás, de forma implícita, o apoio para uma marcha pacífica acabou sendo apoiada pelos comentadores que estiveram presentes no encontro da manhã de ontem constituída pelo jornalista Salomão Moyana, Alice Mabota, Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos e o jurista e antigo Director da Polícia de Investigação Criminal na Cidade de Maputo, António Frangoulis.
Outros jovens propuseram no debate que a juventude devia se abster do processo não indo às urnas no dia da votação, mas a tónica dominante e consensual é que era urgente uma marcha até a Comissão Nacional de Eleições. Cada representante de movimentos ou associações juvenis avança a necessidade de esta acção ser realizada o mais cedo possível, pois, segundo se disse, senão fica tarde.
O Presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, disse depois de ouvir as intervenções que, de facto, tinha que se começar a pensar seriamente em uma forma de viabilizar a ideia.
Aliás, segundo Muchanga, "o Parlamento Juvenil e as outras organizações devem parar com estas eleições. Temos que nos organizar e sairmos à rua pois a CNE está a tentar suspender a ideia de um Estado de Direito Democrático" – disse.
Sobre Leopoldo da Costa em particular, Salomão Muchanga, em tom de revolta disse: “é arrogância do presidente da CNE e é possível apurar, de antemão, que ele não está preparado para dirigir um processo democrático que nós, a maioria, queremos que estas eleições sejam"- disse Salomão Muchanga garantindo ao mediaFAX que aquele fórum de advocacia para a juventude irá continuar a insistir num diálogo com o presidente da CNE nem que o órgão tenha que se dirigir ao encontro com Leopoldo da Costa na Comissão Nacional de Eleições.
Confira a fonte aqui.
10 comentários:
O que se passa com a campanha do Daviz, está a decepsionar-me.
Orienta comicios com menos de 30 pessoas...sem em Chiure é que conseguiu ultrapassar essa fasquia.
Vamos trabalhar.
Reflectindo,
o que estavam a fazer os 189 cartões de eleitores na sede do MDM em Inhambane...Será a preparação da fraude?
Muito te agradeço pela leitura dos posts. Forca, apenas não insulte!
Um aviso ao dono do primeiro comentário:
1. Na vida sempre tive a tarefa de educar e continuarei a educar... Espero que me entenda mesmo com estas poucas palavras;
2. Gosto de honestidade e onde ela falta me enjoa. Fazer-se passar do que a pessoa não é ao mínimo a falta de honestidade e educacão.
3. Sabemos a consequência da falta da honestidade. Uma delas é este barulho;
4. Aqui no meu blog não quero pessoas que se fazem passar de membros doutros partidos para os atacar. A estratégia de infiltracão não passa por aqui.
5. Seja a última vez que vc faz isso neste blog. REPITO, NÃO QUERO INFILTRADOS NOUTROS PARTIDOS. Se eu quiser falar algo sobre um partido, faco-o directamente.
6. O melhor que recomendo é concentracão ao assunto, pois as tentativas de desviá-lo não melhora a vossa imagem. E isto já dá mesmo para o Nuno Amorim, pois até era melhor que continuasse a defender as falcatruas da CNE que lancar ataques baixos. É preciso ter pudor.
7. Se já não aguentam que digam, por favor.
Peço desculpas se te insultei...vi a noticia na televisão e queria que me ajudasses a compreender, para que não fizesse deduções precipitadas.
Parece que os cartões ja estão na policia...ja não queres esclarecer, espero que a policia ou os órgãos eleitorais o façam.
Nuno Amorim
E o caso de Gaza? A policia tambem esta a investigar? 'e muito parcialidade meu Deus!
Animosidades não ajudam a causa de todos nós. Eu sempre defendi que os moçambicanos gastam muito tempo em coisas supérfluas. O exemplo vem de topo. É triste, ao invés da nossa juventude lamentar factos à luz do dia que violam a lei eleitoral, limita-se a fazer contagem das pessoas que aderem os comícios de Deviz Simango. Este homem ainda vai revolucionar o país, disto não tenho a menor dúvida. Os pessimista e os seus detractores que se preparem para engolir esta notícia nos próximos tempos.
Abraços
Caro Nuno Amorim
O assunto aqui é muito claro e deixa espaço para manobras de distração. E falar de polícia, já chega para compreendermos.
Ha-de ser como a manifestação convocada por sms para a frente da CNE. Há muita gente que pensa que organizar uma manifestação é só querer. É preciso ter estrutura!
Outra coisa. A que jovens é que o Parlamento Juvenil representa? os jovens dos subúrbios de Maputo (aqui pertinho!) conhecem esta organização? Os jovens de Metarica conhecem o Parlamento Juvenil?
Gostaria imenso de ver essa organização a sair dos salões alcatifados e do ar-condicionado e mostrar que, de facto, ela existe no país real.
Muita gente porque aparece muito no Canal de Moçambique, na televisão, no Savana, na internet convence-se erradamente de que isso é aparecer no país. Mesmo alguns Partidos se convencem dessa falsa realidade.
O país real é Bagamoyo, é Chiwawula, é Ngaúma, é Nipepe, é Chibonzane, é Chemba, é Mossurize, é Chigubo, é Goba, é Negomano, é Xinonanquila, é... Mostrem que existem nestes sítios todos.
Viriato Tembe
Mais ninguem respondeu ao Amorim Bila, o que estavam a fazer os cartões de eleitores na sede do MDM?
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