Cinco pessoas ficaram feridas, uma delas com gravidade, na segunda feira 31 de Agosto, quando militantes da Frelimo tentaram causar distúrbio num comício do Presidente da Renamo Afonso Dhlakama na feira de Milange e os apoiantes da Renamo responderam violentamente.
Quando o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama iniciava o comício, grupo de jovens da Frelimo invadiram a feira com uma aparelhagem ligada em som bem alto. A juventude da Frelimo passeava nas imediações com seus motociclos em alta velocidade a fazer um ruído de perturbação.
Os membros da Renamo reagiram com violência, num acto em que a aparelhagem ficou danificada e um professor da Organização Moçambicana da Juventude (OJM), que seguia na motorizada, ficou gravemente ferido.
Inconformados, os jovens da Frelimo, foram à rua mobilizar mais gente, maioritariamente crianças para reforçar o grupo que já se encontrava na sua sede a fim de montar emboscada, contra a comitiva da “perdiz”, que iria transitar daquele local de regresso do comício, quer para Pensão Fernandinho (onde estava alojado pessoal da delegação) e os restantes militantes com destino às suas casas.
Assim, quando a caravana da Renamo passava em frente do partido Frelimo foi confrontado com este grupo de jovens e crianças. Realmente, o grupo interpelou varias pessoas que vinham do lado da feira (local do comício), tendo batido velhos e mulheres com paus e chombocos. Um velho, que seguia de bicicleta em direcção ao mercado da Feira onde decorria o comício, é que não conseguiu contornar o pior, tendo sido despojado de sua bicicleta, depois de ser vitima de agressões físicas, que lhe provocaram sérios ferimentos, até desaguar ao hospital.
O clima de confrontação instalou-se naquela tarde de 2ª feira, com os militantes da “perdiz” a retribuir o ataque com violência, lançando pedras e paus, contra os seus opositores, que acabaram atingindo as instalações da Sede do partido Frelimo, que ficou com vidros de janelas quebrados.
Antes da vila de Milange, o líder da Renamo e sua comitiva experimentou dificuldades na localidade de Majaua, fronteira com Malawi, onde seus simpatizantes envolveram-se em pancadarias, com militantes da Frelimo. Conforme relatos, o comício da “perdiz” em Majaua foi obstruído por jovens do partido Frelimo, que circularam empunhando panfletos do seu partido, junto do local marcado para concentração da Renamo.
Foram disparados quatro tiros durante os incidentes de segunda feira em Milange. O Comandante Provincial da polícia Manuel Zandamela disse terem sido tiros para o ar dos guardas da segurança de Dhlakama que tentavam parar o ataque à Pensão Fernandinho e aos lideres da Renamo que saíam do comício. Muitos reportaram que teriam visto um agente da guarda fronteira, aparentemente em estado de embriaguês, atirando quatro vezes a AKM para o ar. Celeste Bié
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique – Número 42 – 4 de Setembro de 2009
Nota: Aqui podemos tirar a ilação tanto no que diz respeito ao sucedido em Milange como ao que diz respeito à imprensa pública.
Quando o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama iniciava o comício, grupo de jovens da Frelimo invadiram a feira com uma aparelhagem ligada em som bem alto. A juventude da Frelimo passeava nas imediações com seus motociclos em alta velocidade a fazer um ruído de perturbação.
Os membros da Renamo reagiram com violência, num acto em que a aparelhagem ficou danificada e um professor da Organização Moçambicana da Juventude (OJM), que seguia na motorizada, ficou gravemente ferido.
Inconformados, os jovens da Frelimo, foram à rua mobilizar mais gente, maioritariamente crianças para reforçar o grupo que já se encontrava na sua sede a fim de montar emboscada, contra a comitiva da “perdiz”, que iria transitar daquele local de regresso do comício, quer para Pensão Fernandinho (onde estava alojado pessoal da delegação) e os restantes militantes com destino às suas casas.
Assim, quando a caravana da Renamo passava em frente do partido Frelimo foi confrontado com este grupo de jovens e crianças. Realmente, o grupo interpelou varias pessoas que vinham do lado da feira (local do comício), tendo batido velhos e mulheres com paus e chombocos. Um velho, que seguia de bicicleta em direcção ao mercado da Feira onde decorria o comício, é que não conseguiu contornar o pior, tendo sido despojado de sua bicicleta, depois de ser vitima de agressões físicas, que lhe provocaram sérios ferimentos, até desaguar ao hospital.
O clima de confrontação instalou-se naquela tarde de 2ª feira, com os militantes da “perdiz” a retribuir o ataque com violência, lançando pedras e paus, contra os seus opositores, que acabaram atingindo as instalações da Sede do partido Frelimo, que ficou com vidros de janelas quebrados.
Antes da vila de Milange, o líder da Renamo e sua comitiva experimentou dificuldades na localidade de Majaua, fronteira com Malawi, onde seus simpatizantes envolveram-se em pancadarias, com militantes da Frelimo. Conforme relatos, o comício da “perdiz” em Majaua foi obstruído por jovens do partido Frelimo, que circularam empunhando panfletos do seu partido, junto do local marcado para concentração da Renamo.
Foram disparados quatro tiros durante os incidentes de segunda feira em Milange. O Comandante Provincial da polícia Manuel Zandamela disse terem sido tiros para o ar dos guardas da segurança de Dhlakama que tentavam parar o ataque à Pensão Fernandinho e aos lideres da Renamo que saíam do comício. Muitos reportaram que teriam visto um agente da guarda fronteira, aparentemente em estado de embriaguês, atirando quatro vezes a AKM para o ar. Celeste Bié
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique – Número 42 – 4 de Setembro de 2009
Nota: Aqui podemos tirar a ilação tanto no que diz respeito ao sucedido em Milange como ao que diz respeito à imprensa pública.
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