Editorial
O Procurador Geral Ajunto da República, Taibo Mucobora, veio na semana passada dizer, em entrevista ao SAVANA, que a instituição da qual faz parte irá iniciar, nos próximos dias, investigação visando apurar até que ponto correspondem à verdade as constatações patentes no segundo relatório da EIA (Enviornmental Investigation Agency), intitulado “Conexões de Primeira Classe”, onde figuras da nomenklatura políticogovernamental são citados como verdadeiros pivots na exploração desenfreada e ilegal de madeira nacional e posterior exportação, essencialmente para o mercado chinês. O pronunciamento pode, à priori, constituir uma grande e boa nova. Mas a questão pertinente que se coloca logo a seguir é: por quê só agora vai iniciar uma investigação, se todos nós sabemos que o primeiro relatório da EIA, com quase as mesmíssimas constatações, foi publicado ano passado. Nessa altura, tal como acontece agora, os jornais, as televisões, as rádios abordaram o assunto. Certamente que a PGR viu, ouviu e leu as notícias. Até porque é de lei, as empresas jornalísticas entregarem jornais a PGR de borla.
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