Por Vítor Matias
« Laços de primeira classe : Tráfico de madeira
e corrupção em Moçambique », assim se intitula o relatório publicado hoje em
Londres, que denuncia as ligações de alto nível entre moçambicanos e
importadores chineses pouco escrupulosos. No ano passado, Moçambique perdeu 30
milhões de dólares (22 milhões de euros ), devido ao tráfico ilegal de madeira.
Um estudo publicado esta Quinta feira em
Londres, pela ong Environmental Investigation Agency, revela que metade
das exportações de madeira moçambicana para a China são ilegais.
Intitulado « Laços de primeira classe : Tráfico
de madeira e corrupção em Moçambique », o relatório sublinha que em 2012 o
valor total das exportações de madeira para a China atingiu 130 milhões de
dólares, e que o País poderia ter ganho 29 milhões de dólares de impostos.
Carlos Serra jr., jurista
ambiental da ong moçambicana Terra Viva, afirma que Moçambique
tem grandes dificuldades em travar este tráfico ilegal.
Ainda segundo o relatório da Environmental
Investigation Agency, as autoridades moçambicanas têm desenvolvido esforços
para combater o tráfico ilícito de madeira, mas vários homens políticos
moçambicanos, em colaboração com comerciantes chineses pouco escrupulosos, têm
conseguido contornar as leis. Para o jurista ambiental Carlos Serra jr. ,
as empresas chinesas operam em Moçambique com condições definidas pelas
autoridades moçambicanas, que se têm mostrado demasiadamente brandas.
Fonte: RFI - 07.02.2013
Fonte: RFI - 07.02.2013
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