segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Chuvas matam15 pessoas em Nampula

Pelo menos quinze pessoas perderam a vida arrastadas pela água e por descargas atmosféricas na cidade de Nampula e na vila de Monapo, na província de Nampula, em consequência das chuvas que têm vindo a cair naquela região e um pouco por todo o país, segundo indicam dados oficiais.
Para o caso específico da cidade de Nampula, segundo dados avançados pelo Conselho Municipal, as mortes ocorreram nos postos administrativos urbanos de Muhala (sete), Natiquire (dois), Namicopo (3) e Muatala (1).
Emiliano Maliquela, ponto focal do município para o gabinete ligado às emergências, acrescentou que, para além das mortes, um total de 1025 casas, mesquitas e edifícios públicos foram também parcial ou completamente arrasadas.
Pouco mais de 781 famílias, o correspondente a cerca 4 mil pessoas, está neste momento a viver ao relento ou em casas de familiares, necessitando urgentemente de apoio em alimentos, material de construção, de cobertura, escolar, entre outros.
Em Monapo, segundo o Instituto Nacional de Gestão das Calamidades Naturais (INGC), duas pessoas perderam a vida por causa de descargas atmosféricas, para além da destruição de 434 casas em Malema, Rapale, Nacarôa e Meconta.
Este quadro de luto e destruição foi apresentado na cidade de Nampula no decurso do lançamento oficial da campanha de angariação de apoios às vítimas das chuvas na cidade, província e no país em geral junto da classe empresarial daquela parcela.
Castro Namuaca, presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, destacou a necessidade de cada um dos presentes fazer da dor do próximo a sua.
Foi na sequência disso que alguns representantes das empresas que operam na cidade de Nampula responderam ao apelo disponibilizando arroz e farinha de milho, rolos de oleado para a cobertura de casas de construção precária, dinheiro, entre outros artigos que se juntarão aos colocados à disposição dos afectados pelo Conselho Municipal e INGC, constituídos por tendas, roupa usada e chinelos.
Ainda na ocasião, os presentes apelaram para que o Governo comece a estimular e a promover a construção de casas melhoradas como forma de se evitar a perda de vidas humanas e bens.
Embora seja uma ideia ainda em embrião, a edilidade já avançou com o projecto de construção de silos municipais de emergência para a conservação de produtos alimentares, como forma de criar uma capacidade local de prevenção para situações do género.

Fonte: Rádio Mocambique - 04.02.2013

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